sexta-feira, agosto 13, 2010

30 Days Letter Project

Acho que estou oficialmente entrando no Projeto, depois de pensar se valeria a pena. Conclui que, sim.


30 Days Letter Project
Day 2 — Your Crush
Day 3 — Your parents
Day 4 — Your sibling (or closest relative)
Day 5 — Your dreams
Day 6 — A stranger
Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush
Day 8 — Your favorite internet friend
Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain
Day 13 — Someone you wish could forgive you
Day 14 — Someone you’ve drifted away from
Day 15 — The person you miss the most
Day 16 — Someone that’s not in your state/country
Day 17 — Someone from your childhood
Day 18 — The person that you wish you could be
Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad
Day 20 — The one that broke your heart the hardest
Day 21 — Someone you judged by their first impression
Day 22 — Someone you want to give a second chance to
Day 23 — The last person you kissed
Day 24 — The person that gave you your favorite memory
Day 25 — The person you know that is going through the worst of times
Day 26 — The last person you made a pinky promise to
Day 27 — The friendliest person you knew for only one day
Day 28 — Someone that changed your life
Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to
Day 30 — Your reflection in the mirror

quinta-feira, agosto 12, 2010

Janela

eu olhei pela janela e não vi ninguém.
eu olhei pela janela e apenas a noite estava lá.
eu olhei pela janela e vi o escuro.
eu olhei pela janela e percebi um brilho diferente.
eu olhei pela janela e percebi que vinha dos meus olhos.
eu olhei pela janela e me senti só.
eu olhei pela janela e senti medo.
eu olhei pela janela e não conseguia me mexer.
eu olhei pela janela e não sabia mais falar.
eu olhei pela janela e por lá fiquei durante horas.
eu olhei pela janela e vi uma fraca luz surgir no horizonte.
eu olhei pela janela e vi o preto ganhar cores.
eu olhei pela janela e vi o dia chegar.
eu olhei pela janela e vi pessoas novamente.
eu olhei pela janela e simplesmente sorri.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Um pequeno conto de uma noite fria

Caminhei lentamente pela noite fria. As ruas estavam quase vazias, poucas pessoas encolhidas em seus casacos passavam pelos cantos escuros da calçada. Eu estava indo comprar algo. Sempre tive mania de ir ao mercado em horários estranhos e pouco convencionais. Mais vazio, com menos tumulto.

Estava com as mãos nos bolsos, tentava aquecê-las. Diferente dos outros, não estava preparado, esqueci meu casaco em casa. O frio, de verdade, nunca me incomodou, então realmente não fazia tanta diferença. Não enquanto eu continuasse com as mãos nos bolsos.

Meus passos eram rápidos. Gosto de andar a noite, mas não gosto. É bom, mas sempre existe aquele pequeno grau de insegurança. Malditas grandes cidades. Ou melhor, benditas grandes cidades, afinal, em que cidade pequena eu iria a um mercado após a meia noite? Não muitas.

Chegando lá havia meia dúzia de pessoas, dois caixas funcionando e as muitas prateleiras coloridas que te causam a impressão de que você está em um desenho animado. Como diria um amigo meu: “Tipicamente um desenho oriental, muito colorido e chamativo.”.

Existem pessoas que tem verdadeira paixão por mercados. Algumas dessas pertencem a minha família. Por sorte, não é meu caso. Gosto, mas não vejo a necessidade de ficar lá mais do que o suficiente. Por isso vou direto até a seção que eu queria.

Procurando entre as pequenas caixas, não encontro aquilo o que gostaria. Não é de verdade uma grande surpresa, afinal é algo que se esgota rápido. Não é tão caro, mas também não é barato. Provavelmente por isso seja tão disputado, além da grande utilidade. Difícil de encontrar, parecia que eu já procurava há dias. Talvez realmente já estivesse, porque estava desanimando.

Olhei em volta procurando melhor. Queria saber se ainda existia alguma caixinha, mesmo que em tamanho menor para poder levar comigo. Não tinha e eu já estava desistindo. Um vendedor passou rapidamente por mim, foi quando aproveitei e perguntei: Vocês ainda têm tempo?

Ele respondeu que havia acabado. Confirmando o que eu já havia constatado. Porém informou que logo chegaria mais, e me ofereceu uma outra caixa, um tanto quando azulada, bem menor, bem mais frágil e nitidamente bem mais cara.

Fiquei na duvida por um instante. Não exatamente pelo preço, mas simplesmente porque não era aquilo que eu procurava. Apesar de claramente ser algo que eu precisava.

Acabei aceitando. Agora estava novamente pensando em voltar no dia seguinte para continuar procurando o que eu queria. Passei por uma sorridente caixa. Realmente me espanta alguém estar tão feliz trabalhando aquela hora da madrugada. Mesmo com a vantagem de ser mais vazio e com menos tumulto.

Quando sai do mercado uma fraca garoa já havia começado a cair do céu. Eu gosto de chuva, principalmente quando ela te toca tão levemente que não molha, mas ainda assim você consegue senti-la.

Dessa vez caminhei lentamente segurando minha sacola. Dentro uma pequena caixinha azul onde em letras brancas estava escrito esperança. Eu ainda não tinha tempo, mas consegui algo para me fazer voltar no dia seguinte, ou até quando fosse necessário para encontrar e não desistir.

quarta-feira, julho 29, 2009

Sem vontade.

Não estou na melhor fase da minha vida;
E cada dia parece confirmar isso;
Cada minuto parece acontecer algo novo;
Apesar de tudo sempre parecer a mesma coisa;
Porque nada parece bom, ninguém parece.

Não me vejo com tempo para nada;
Não me vejo com vontade para nada;
E o pouco tempo e vontade eu pareço estragar;

As vezes sinto que preciso me afastar um pouco;
Mas não sei se consigo;
Ou se quero conseguir.

Me irrita pensar que tenho problemas;
Irrita ainda mais pensar o quanto meu problema é pequeno;
Irrita saber que tem gente com mais problemas;
Irrita muito pensar que me sinto culpado por reclamar.

Ando cansado de algumas coisas;
A maioria em mim mesmo;
Estou cansado de me sentir sozinho;
Estou cansado de não fazer;
Estou cansado de não falar;
Estou cansado de não ser;
Estou cansado do que me acontece;
Estou cansado do meu jeito de pensar;
Estou cansado de insistir;
Estou cansado de tentar e não ver resultado;
Estou cansado de não tentar e simplesmente ignorar;
Estou cansado de fazer besteira;
Estou cansado de falar besteira;
Estou cansado de me culpar por tudo;
Estou cansado de em alguns casos ter razão para me culpar;
Estou cansado de carregar a culpa dos outros;
Estou cansado de me tornar algoz e vitima de tudo;
Estou cansado, muito cansado, realmente cansado.

E eu só queria descansar.

quarta-feira, maio 06, 2009

A saga de uma boa impressão

Eu tenho computador faz nada mais nada menos que uns 9 anos, e desde então não consigo me imaginar sem ele, e principalmente sem nenhum de seus componentes. Afinal quem já sobreviveu a fase da internet discada, após meia-noite, com horário contado e utilizando o word para ver agora/ler depois, tudo parece mais fácil. A verdade é que nem tudo, a banda larga me ensinou que melhor uma internet lenta funcionando, do que uma Internet rápida falhando e te deixando sem nada.

Pois bem, eu pretendia ter escrito esse post há pelos menos 2 meses, mas infelizmente, a saga acima citada ainda não terminou e eu cansei literalmente de esperar. Então vamos lá.

Logo no começo do ano, seguindo a linha do Ipod de parar de funcionar, minha impressora também me deu o grande prazer de pifar. Obviamente que não foi um total choque, afinal em nove anos de computador, essa era apenas minha segunda impressora e ela já tinha seus bons 5 anos, que na idade de informática, muito mais rápida que dos cachorros, é algo bem antigo.

Antiga do gênero que ela nem era multifuncional, mas eu jamais reclamaria, ela era perfeita e tinha uma qualidade de imagem que me surpreendia, no mínimo até o dia que ela singelamente me avisou que estava com problemas e eu deveria procurar o suporte técnico. Achei digno ela me avisar isso. Enquanto seres pensantes não sabem diagnosticar o que sente, minha impressora sabia.

Eu devo ter aquele forte lado americanizado que grande parte da minha geração tem, e por mim já teria comprado uma impressora nova, mas minha mãe, aquela que paga, não concordava e lá fui eu exatamente dia 13 de fevereiro de 2009 levá-la ao Suporte Técnico.

Cheguei lá, preenchi algumas dúzias de papéis, assinei um termo de que se o serviço não fosse prestado, eu pagaria uma taxa de R$20,00 (vinte reais) para retirar a impressora. Tudo isso com a promessa de em até sete dias úteis receber o tal orçamento.

Passados 7 dias úteis eu ainda não havia recebido a tal ligação, mas eu estava relevando, afinal estávamos exatamente na sexta-feira pré-carnaval, eu realmente não esperava muita coisa, apesar de que levar sete dias olhando um quadrado para ver qual o problema, sendo que ele avisa qual o problema, vide que ele me indicou o suporte técnico era algo estranho.

Passou mais 10, 15, 20 dias e nada da ligação com o orçamento. Eu realmente não estava muito animado com a ideia do conserto, sabia que meu aniversário estava próximo, e isso sempre trazia promoções em alguns sites, onde eu poderia comprar uma impressora nova, mas minha mãe ainda insistia na antiga. Depois eu que sou o saudosista.

Liguei e perguntei se já havia uma resposta, eles me falaram que ainda não, mas que no máximo até o dia seguinte estariam me retornando. E isso já era o dia 13 de março, exato um mês após a entrega.

Não recebi a ligação obviamente, e a parte engraçado é que depois tornou-se um desafio conseguir falar com a tal assistência técnica, e unindo isso ao fato de eu não ter tempo para ir pessoalmente o prazo foi apenas se estendendo.

Eis que um dia recebo o tal e-mail. Não, não era o orçamento, mas uma promoção da Saraiva, liguei para minha mãe e assim que tive sua autorização comprei uma Epson nova, multifuncional e me desculpe a anterior, muito mais bonita.

Agora a graça, nesse mesmo dia eu recebi a ligação do Suporte Técnico me informando o orçamento. Informação útil, a impressora nova custou apenas R$40 reais mais caro que o orçamento que eles deram. Por incrível que pareça a impressora nova não foi das mais baratas, custou um preço razoavelmente normal.

Eu sem me controlar ri no telefone e falei que acreditava que não íamos mais precisar, mas pelo doce saber da vingança fiquei de ligar no dia seguinte para dar a resposta, pois bem, esse dia seguinte faz quase duas semanas. Não sei se quero ela de volta, mas fatalmente eu tenho vontade de ir lá buscar só para ver se vão ter a coragem de me cobrar R$20,00 (vinte reais) pela taxa de orçamento-sem-serviço.

Informação adicional: Minha impressora antiga era Epson, a nova é Epson. Por mais que eu goste e muito dessa marca, admito, ela tem um péssimo serviço de suporte técnico. Então se sua impressora quebrar, lixo nela, porque o conserto não vale o esforço.