quarta-feira, dezembro 28, 2011

Charlie St Cloud

Terminei de ler A Vida e Morte de Charlie St Cloud hoje. É engraçado pensar que nunca um livro me prendeu tanto quanto esse. Nunca uma leitura demorou praticamente dois dias. Até porque eu comecei a ler no cemitério, mas muito rapidamente, um pouco mais de cinquenta páginas. E voltei a ler apenas hoje, onde terminei tudo o que faltava sem conseguir largar o livro até a última página.

Não é exatamente o gênero de história que eu gosto, apesar de gostar de drama e ter muitos elementos que me agradam. Aliás, logo nas primeiras páginas eu percebi que era um livro que eu facilmente largaria pela temática, mas justamente esses outros elementos que me agradavam conseguiram me prender. Então, como bom empolgado, farei aqui todo possível para não dar nenhum spoiler.

Grande parte da história mexe com vida e morte e tudo mais. O autor age de uma forma um tanto quanto afirmativa, e isso me incomoda um pouco, mesmo que tenha sido tratado de forma sutil. A narrativa por vezes é cansativa, mas prende. E toda a história tem uma atmosfera melancólica, mas bonita de certa forma, algo que colaborou para me agradar.

Outra coisa que achei interessante foi o laço criado entre os personagens, no caso os irmãos. E aqui volto aquela minha antiga máxima da visão de um filho único sobre as relações entre irmãos, e como eu imagino que a minha seria caso eu tivesse um.

Como em todas as histórias que eu gosto, me identifiquei com alguns personagens. Durante todo o tempo da leitura eu me identificava com o Sam St Cloud. Mas depois refletindo sobre tudo o que li, em algumas poucas horas, percebi que eu via muito de mim tanto no Sam, quanto no Charlie St Cloud. Eu me via facilmente nas duas posições. Apesar de ainda me achar muito Sam.

A relação deles foi o que mais me prendeu em toda a leitura. Porque eu me vejo facilmente numa relação desse tipo, mas sozinho. E no fim, o maior medo deles era de ficarem sozinhos. De ficarem um sem o outro. Então eu me sentia dentro daquilo que eles temiam, e entendia porque eles não queriam sair daquela zona de conforto. Mas ao mesmo tempo é algo que eu nunca tive, então eu não sabia se entendia tanto assim. Eu apenas sentia.

Posso dizer facilmente que esse foi um livro que eu gostei muito, poderia até colocar entre os meus favoritos, mas a temática em si e algumas escolhas de alguns personagens me impedem. Obviamente, não é um livro perfeito, e isso só torna ele ainda melhor. É bom olhar para algo e dizer que eu faria diferente em várias situações, mas que isso não me impediu em nenhum momento de gostar.

Também achei uma leitura bem propicia para meu momento, assim, em diversos níveis. Agora estou querendo muito ver o filme, apesar de já saber que a história muda bastante, e com isso ter noção de que eu posso me irritar um pouco, mas continuar gostando como a maioria das adaptações. Então, depois de ver o filme eu posso falar minhas impressões sobre ele.

Fatalmente eu tenho essa mania de colocar muita coisa pessoal quando opino sobre livros e filmes e etc, mas isso não é uma resenha, é apenas eu sentindo necessidade de escrever sobre algo que eu acabei de ler e certamente me marcou de alguma forma.

domingo, dezembro 25, 2011

Um filme parecido demais

O mundo é irônico, visto meu último post aqui.

Faz praticamente nove anos que eu vi um filme parecido, e nem tiveram a decência de mudar o final. O mesmo sol escaldante, no mesmo hospital, e segundo meu primo, no mesmo box. Uma festa de final de ano morna, onde existiam lapsos de felicidade até lembrar que havia algo errado.

A mesma certeza de que a duvida é uma tortura maior do que qualquer resposta. A mesma esperança de uma pequena chance. Há nove anos o movimento de um simples dedo mindinho, hoje de olhos rapidamente abertos. E então uma rápida respiração aliviada, indevida, até o telefone tocar. A gente nunca aprende. Aliás, a gente prefere não aprender.

Nove anos e hoje será o mesmo jardim, os mesmos girassóis, as mesmas conversas durante a mesma madrugada quente. A grande diferença é que não vai ter alguém para contar as mesmas piadas. Daquelas que você escuta por anos e anos e ainda consegue rir, porque sempre existe alguém que ainda não escutou e acha graça, e assim acaba contagiando em qualquer situação.

Estou com um ar meio capítulo trinta e um de um último livro. Agora, apesar de tudo, eu ainda consigo lembrar as partes boas desse Natal, porque elas existiram, mas com o tempo o dia de hoje será lembrado apenas como uma data triste.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Foverer Tonks

Existem muitos personagens de Harry Potter que eu gosto, amo e vivo e acompanho e escrevo sobre, mas existe uma que tem toda minha simpatia, todo meu amor e admiração, apesar de eu nunca tê-la nem citado em uma fic: Nymphadora Tonks, porque apesar de tudo, eu nunca vou conseguir chamá-la de Lupin.

Ela era a menina alegre e divertida em meio ao caos e toda a guerra. Ela tinha seus cabelos coloridos e sorrisos durante as batalhas. Ela tinha esse espirito livre e fofo em tempo integral. Ela tinha muitas qualidades que eu admiro em uma pessoa.

Ela era casada com Remus Lupin. Um homem agradável e prestativo, até simpático na maioria das vezes. Ele tinha aquele aspecto triste, de quem tem medo de viver ou medo de como os outros vão enxergá-lo, sempre escondido atrás dos amigos que se destacavam mais. Mas também ele escondia dentro de si um monstro. Ele escondia dentro de si a pior coisa que um ser humano pode ter: O descontrole. Mas parecia ser exatamente ela tudo o que ele precisava quando isso acontecia. Ela era sua calma e seu chão, mas ela também era humana.

Então, infelizmente no fim ela morreu. Ele também acabou morrendo ao seu lado, mas sua morte foi bem menos sentida por mim, admito. Afinal eu simpatizava com ele, mas eu gostava muito dela, de verdade. Mesmo que ela aparecesse pouco, e ela não era realmente uma frequente, as vezes que aparecia faziam toda a diferença.

Posso me arriscar a dizer que a morte dela para mim foi uma das mais tristes de toda a série, mas é bom para a gente entender que esse tipo de coisa acontece, e que nada é para sempre. Se eu acreditasse em flores, coloraria uma flor para homenageá-la, mas prefiro ficar apenas com as boas lembranças e imaginar tudo o que ela poderia ter sido. Afinal, agora só resta mesmo imaginar. Goodbye, my immortal girl.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Observações obvias ou nem tanto.

- Preciso de férias.

- Você tem um jeito estranho de gostar e isso ainda me deixa inseguro.

- Ainda me sinto diferente.

- Por que as pessoas não se divertem?

- Ainda torço por um 2012 com fim, mas não precisa ser pra todo mundo.

- Comprovei que há males que vem para o melhor.

- Eu realmente sou um Emotional Wolverine, mas não estou tão orgulhoso disso.

- Eu ainda sou a Tomoyo, e isso ainda me orgulha e possivelmente me mata.

- Espero que esse não seja o último post do ano no blog.

- Eu ainda sou muito inseguro.

- Fiquei feliz que várias pessoas reclamaram que eu não desabafo com elas. (Super me senti)

- Existe muita gente fofa no mundo.

- Ganhei uma coruja.

- Eu sou um golfinho.

- Eu amo orcas (isso eu já sabia)

- Não terminei o projeto de cartas que deveria durar trinta dias.

- Se tiver mais alguma coisa eu atualizo aqui...

domingo, dezembro 04, 2011

Todo o carnaval tem seu fim

Eu sempre gostei de Los Hermanos, independente de Anna Júlia, ou qualquer outra música mais pop que os tenha marcado, e deixa alguns fãs irritados. Eu não me irrito, gosto de muitas, quase todas eu poderia dizer. Los Hermanos reflete muito de como eu sou e penso desde muito tempo. Eles me acompanharam durante muitos anos, e eu os acompanhei de longe, mas sempre perto em shows e clipes e cds e músicas cantaroladas durante aulas e provas.

Tem aquelas pessoas que dizem que para os Los Hermanos não existe meio termo. Quem gosta ama e quem não gosta odeia. Vejo pelos meus amigos que essa máxima é verdadeira. Afinal, os que gostam sempre estavam comigo dançando e pulando nos shows, enquanto os que não gostavam xingavam até os cabelos cacheados do Camelo,  e ficavam indignados quando íamos a algum show ou colocávamos para tocar quando nos encontrávamos.

Desde o dia que eu comecei a ouvir reparei que as músicas sempre tinham um mesmo estilo, um mesmo tema sendo trabalhado de várias maneiras diferentes. Talvez por isso eu tenha me identificado tanto. Muitas das músicas deles falam sobre amor como qualquer banda, exceto que eles são muito ligados a amores não correspondidos, e de todas as maneiras possíveis. Desde o simples platonismo distante, até ver a pessoa que você ama estar se envolvendo com uma terceira e você não poder fazer nada.

Mas do mesmo jeito não existe uma real tristeza nas músicas, porque elas tratam esses sentimentos da forma mais bonita. De uma forma poética, falam de ficar sozinho e do sofrimento, mas eles captam toda a beleza e pureza da coisa. Em algumas até existe a superação.

Só que como tudo na vida, a banda também entrou em hiato. Eu senti bastante quando eles pararam, mesmo que os trabalhos solos também fossem fantásticos, senti principalmente porque não consegui ir ao último show, não consegui comprar o ingresso e isso me deixou muito frustrado.

Eu lembro que eles marcaram uma fase da minha vida, me deram todo esse apoio emocional e me ajudaram a lidar com coisas que eu sentia e não sabia definir. Só consigo realmente achar irônico que eles vão fazer uma turnê em abril do ano que vem, e vão passar pelo Rio de Janeiro e eu certamente irei. Mas eu fico com a sensação de que eles voltaram apenas para me ajudar de novo, nem que seja com apenas um show onde eu quero e vou cantar e pular e chorar e reviver tudo o que eu já vivi de bom e ruim com eles.

Sinto que eles voltaram para mim e eu vou estar lá por nós. Eu preciso disso.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Suportar enquanto viver...

A vida é muito estranha. Hoje era um dia bom. Ontem foi um dia legal, quarta-feira foi um dia perfeito. E hoje estava tudo bem. Ainda está na verdade, eu recebi boas noticias, eu descobri que vou entrar na pós-graduação ano que vem e tudo se encaminhava bem. Eu achava até que realmente estava mais tranquilo. Eu tinha planos de vir aqui e escrever coisas bonitas. Na verdade, eu estou mais tranquilo, mas apenas não deixou de doer.

Eu só queria que parasse de doer, então tudo ficaria plenamente bem. Odeio esse período de transição, mas ainda é uma escolha minha. Porque me manter na duvida só afeta a mim. Ter uma certeza afetaria pessoas que eu amo e me importo muito. Então eu realmente preciso aguentar conviver com a duvida.

segunda-feira, novembro 28, 2011

Errata de uma vida pouco compreendida

Alguns meses atrás, mais precisamente no dia 07 de agosto desse mesmo ano, por uma ideia aleatória eu resolvi escrever sobre o que eu sempre chamei em mim mesmo de Complexo de Tomoyo. Eu ainda concordo com muita coisa do que eu escrevi naquele post, inclusive sobre saber o quanto dói, apesar de as vezes parecer mais do que as outras.

Contudo, lembro perfeitamente do comentário da Flá, uma grande amiga minha, falando sobre aquilo ser o verdadeiro jeito de amar. Não que eu discordasse, mas eu ainda acreditava que um dia eu iria gostar tanto de alguém, que o meu sentimento de posse seria maior do que a felicidade alheia. Hoje eu percebo que não. Ela estava certa. Talvez porque eu tenha escrito sobre algo que eu não sentia há pelo menos oito anos, e não lembrava direito como era, ou porque é diferente. Na verdade sempre é diferente. Mas o que importa é que ela estava certa.

Não que isso mude alguma coisa, ou torne mais fácil. Eu ainda quero a felicidade alheia. Ainda aguento ficar triste mesmo estando muito feliz por alguém. Não teria como não ficar feliz, até porque não é qualquer alguém, mas alguém que eu me importo muito, e não tenho medo de parecer tolo falando isso. E eu acho que consigo não estar junto, desde que sempre esteja bem perto e possa ver um sorriso no rosto.

Entendo também não ser eu a principal pessoa a colocar aquele sorriso lá. Perceba que entender não é ficar bem com isso, é apenas perceber que o que mais importa pra mim é que o sorriso esteja lá e eu possa ver e sorrir junto.

Mas como eu disse nesse mesmo post: sempre é diferente, e dessa vez eu ainda estou aqui.

sexta-feira, novembro 18, 2011

in the end

Estou cansado. Estou realmente cansado dessa sensação de que eu sempre fico de lado e sozinho. Estou cansado de tentar e parecer sempre morrer na praia. E eu nem gosto de praias. Muitas vezes eu não me importei, e isso sempre me fez levar numa boa. Mas as vezes eu me importo, as vezes eu realmente quero como nunca eu quis alguma coisa, e simplesmente continuo na mesma.

Estou cansado de correr atrás e sentir ser inútil. Estou cansado de apenas eu correr atrás. E de me sentir culpado quando acontece algo errado, mesmo que a culpa não seja minha. Estou realmente cansado. Eu não gosto de como estou vivendo, do que estou fazendo. Eu odeio esse silêncio e odeio imaginar o som distante. E o que mais me irrita é a certeza de que eu não vou aprender, não agora, e vou continuar tentando. Sozinho, mas tentando, afinal não são muitas pessoas que eu vejo se esforçando por mim.

i've tried so hard, 
and got so far, 
but in the end, 
it doesn't even matter.

E ainda assim eu só consigo me culpar, e me odiar por isso.

sexta-feira, novembro 11, 2011

eu já...

Eu já gostei. Já procurei e já desencontrei. Já sorri e já chorei. Já pensei e já me questionei. Já aceitei e já me senti culpado. Já fiquei feliz e já elogiei. Já pulei e me encolhi. Já pensei e cogitei. Já corri e já mudei. Já voltei e já fiquei. Já larguei e já insisti. Já desisti e já voltei atrás. Já imaginei e já sonhei. Já falei e já ouvi. Já fiz e já esperei. Já senti e já gritei. Já respirei e já suspirei. Já acreditei e me decepcionei. Já quis fugir e não fugi. Já escutei o silêncio e já o fiz. Já digitei e não enviei. Já busquei e não achei. Já duvidei e já tive certeza. Já amei e neguei. Já afirmei e já sofri. Já quis jogar tudo para o alto e não o fiz. Já quis falar tudo e não disse nada. Já deixei uma lágrima cair e me arrependi. Já fiquei triste e gostei. Já tentei superar e já voltei a crer. Já fiquei magoado e não resisti.

Já fiz muito e ainda não sei.

domingo, novembro 06, 2011

like a emotional wolverine

Eu sempre gostei de X-men, mas nunca fui muito fã do Wolverine. Até ele aparecer nos filmes. Nos filmes ele era mais humano, e não apenas o cara que se cura de qualquer machucado com uma forte tendencia apelativa de invencibilidade. Eu sempre gostei dos personagens mais humanos.

Então eu comecei a me identificar com ele. Não na parte física, que eu sou bem fraco. Não sou muito tolerante a dor. Mas aprendi que consigo me curar rápido emocionalmente. Algo como levar um tiro na cabeça, e acordar como se nada tivesse acontecido, sem lembranças. Falaram uma vez que é uma tendência do meu signo, e pelas pessoas próximas que convivo, eu vejo que tem algum sentido.

Isso é bom, exceto pelo fato de que você continua levando tiros na cabeça e não aprende. Afinal, apesar de se curar rapidamente após alguns minutos, o impacto ainda dói. Todas as vezes.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Delírios de uma chuva inexistente

A música estava baixa, tão baixa que quase não podia ser ouvida devido a chuva. Uma chuva fina, mas as gotas com força o suficiente para marcar rosto, corpo e roupas. A luz de um único poste é fraca. Não há ninguém por perto. Só você, o escuro e o som envolvente de uma música ritmada pela chuva;

Você ensaia alguns passos. Passos esses que você nunca dá na frente dos outros. Medo de parece ridículo. Medo do que podem pensar. Medo de parecer feliz, porque não deixa de ser uma felicidade, mas você não quer ser julgado.

Então você gira. Você pula. Você corre pisando em poças sem nem se importar no estado que seus tênis irão ficar. Você olha para o alto. Você pára e respira. Você sente a chuva e a música por alguns minutos, como uma estátua de coração pulsante. Você sorri. Não porque esta feliz, apesar de não estar triste. Mas você apenas sorri.

Olhos fechados apenas para sentir melhor as gotas escorrendo por sua testa, enquanto você corre contra o vento frio. O frio que tanto te agrada porque parece perfurar e arrancar sua pele ao mesmo tempo. Um frio que dói e você gosta.

Então você pula. Pula quantas vezes acha necessário para cansar. Só que você sempre abre os olhos antes de chegar ao chão. Você sempre abre os olhos porque não tem ninguém ali para te amparar caso você escorregue. Não tem ninguém para olhar onde você vai cair, então você precisa fazê-lo para continuar em pé e poder continuar pulando.

Você sabe que isso te atrapalha. Você sabe que isso te entristece, mas sabe também que ainda não te impede de continuar a dançar, ou correr ou pular sob a luz fraca de um dia de chuva, embalado por uma música tão baixa que você quase não percebe.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Quem eu gostaria de ser?

Esses dias eu andei pensando em algo muito aleatório, que realmente nunca tinha me ocorrido de fato, ou no minimo não com tanta força. Eu adoraria nascer de novo. Sim, deixar de existir hoje e começar novamente a vida. O lado negativo é que certeza eu não iria com conhecimento adquirido, então talvez minha personalidade mudasse tanto que não fosse eu mesmo, ou eu fizesse as mesmas escolhas que me fazem hoje pensar em começar de novo, que no fim não faria a menor diferença.

E isso não está relacionado a tristeza ou nada do gênero, porque eu finalmente posso dizer que estou começando a ficar bem. Provavelmente voltando ao processo de solidificação, o que é muito bom. E posso dizer que estou voltando até melhor, ganhei umas habilidades extras que antes eram pouco usuais. Ou talvez nunca tenham sido realmente necessárias, não sei, só sei que precisei agora e até consegui usar, de forma limitada, mas consegui.

Voltando ao assunto sobre começar de novo, eu realmente ainda mantenho a máxima de que eu jamais iria querer ser outra pessoa. Eu queria voltar a ser eu mesmo, mas como falei, se possível, com a mentalidade atual. Minha vida seria provavelmente bem parecida, mas com algumas coisas bem diferentes, talvez nem todas boas, talvez algumas ruins, ou outras que me fizessem me arrepender de querer isso, mas certamente, por enquanto é um sonho não realizável que eu tenho.

O que você faz quando as coisas que você mais quer não há dinheiro (ou cartão de crédito) que compre?

quarta-feira, outubro 12, 2011

Onde Vivem os Monstros

Era uma noite que eu não tinha plano nenhum, e pouco animo também. Era uma noite comum antecedendo um feriado. Então duas amigas vieram aqui em casa e combinamos de ver um filme, foi quando dentro os dvds que eu comprei faz séculos e que nunca vi estava Onde vivem os monstros.

Inicialmente relutei, porque é um filme que eu tinha consciência de que ia gostar, mas sabia que não é qualquer pessoa que gosta, porque ele exige desprendimento e imaginação. Por sorte todos adoraram, eu incluso, mais do que esperava. O filme é realmente bonito, com uma linguagem leve e bem infantil, mas com tons  de uma delicadeza séria absurda.

Eu me identifiquei não apenas com um, mas com vários personagens. E incrivelmente também me identifiquei com o personagem principal (um garoto muito fofo), o que é um milagre, já que eu nunca me identifico com eles. Aliás, é mais do que obvio se identificar com vários personagens ao longo da história, mesmo que não existam muitos, e todos estejam bem centrados em suas personalidades.

Eu estou realmente me controlando muito para não me empolgar e contar o filme inteiro, porque eu o achei simplesmente genial. E quem me conhece sabe que eu odeio indicar coisas que eu gosto, porque não quero ninguém no meu ouvido reclamando que eu indiquei algo ruim, quando eu acho uma das coisas mais fantásticas do mundo.

O filme é realmente mágico, meus olhos brilharam e fez todo o sentido do mundo para mim. Foi surpreendente e me deu aquela sensação de que era o tipo de coisa que eu precisava assistir. Engraçado que apesar de ter comprado ele faz mais de um ano, parece que eu realmente precisava ter visto ele apenas hoje, porque fez ainda mais sentido do que poderia ter feito antes.

É nessas horas que eu percebo que como eu ainda consigo tirar lições inteligentes de um filme, inclusive de um dito infantil, que felizmente ainda não cresci totalmente. E eu não poderia estar mais feliz comigo mesmo, uma coisa que eu estava precisando.

terça-feira, outubro 11, 2011

As vezes eu também preciso deitar

Desde sempre eu sei que eu tenho um problema grave de me abrir com os outros. Chegar para alguém e falar um problema meu, daqueles que realmente me afetam é quase um parto. Então naquela noite tudo o que eu precisava era ser ouvido. Na realidade eu queria mesmo era conversar e ouvir e falar aleatoriedades e rir e ser feliz como sempre fui, mas como eu não estava conseguindo isso, então eu senti que precisava ser ouvido. Aliás, eu não senti, apenas aconteceu como acontece quando se chega ao máximo do suportável.

Fiquei bem feliz aquele dia que você estava ali, e que eu consegui conversar tão bem contigo. Me senti realmente aliviado aquele dia. Não que os problemas tenham passado, pelo contrário, eles persistem e vão persistir por um bom tempo, mas naquela noite eu tenho certeza que eu dormi mais leve.

Obrigado!

sexta-feira, outubro 07, 2011

Cachorros são patéticos

Antes de qualquer coisa deixo claro que, apesar de eu ter medo de cachorros, eu não desgosto deles. Eu até gosto. Acho-os fofos e bonitinhos, só que geralmente eu não confio neles e em seus dentes.

Eu sei que eles são eternamente leais aos seus donos, provavelmente os melhores amigos que muitas pessoas tiveram, ou ainda têm, na vida. E que são poucos os casos que o cachorro não é parte real da família. Não duvido também do amor dos donos, do carinho e tudo mais. Acho até uma relação legal, bonita, uma pena que eu não confio neles.

Só que geralmente você chega em casa depois de um dia cheio, com todos os seus problemas, precisando resolver outros mil casos, então você coloca a chave na porta e é o sinal de alerta perfeito. Seu cachorro vem na velocidade da luz correndo em sua direção, pulando, latindo, abanando o rabo, te puxando pelo braço, pelo pé, subindo nas suas costas, mordiscando seu joelho e fazendo círculos a sua volta enquanto você tenta terminar de entrar. Então você faz um breve carinho na cabeça dele e segue sua vida, deixando ele lá sozinho.

Sozinho igual ele passou o dia inteiro te esperando, se perguntando onde você estava, como você estava, tentando achar o seu cheiro em algum canto da casa para matar as saudades que sente de você.

Você então segue para o seu quarto para resolver qualquer coisa que você tenha que resolver, e espera que ele te entenda, afinal, você está ocupado, mas ele apenas quer sua companhia. Então ele aceita ficar ao seu lado, vendo você trabalhar, com os olhos brilhando, mas mesmo sem receber nenhuma atenção, faz a cara mais feliz do mundo esperando alguma coisa.

Ele pode ficar ali por horas, e acredite, ele fica. Só que uma hora ele acaba percebendo que dali não sairá nada. Uma hora ele tem que perceber. Então a expressão feliz é trocada por uma cara triste.Aquela famosa expressão de cachorro carente que derrete onze entre dez corações. Você olha para o lado e lembra finalmente que ele estava ali apenas te esperando. Você sorri para ele, porque você realmente gosta dele, e faz um carinho nele. Pronto, a barra de esperança dele que estava próxima do zero volta para o máximo em segundos, enquanto você volta para o que estava fazendo, ele volta a esperar algo de você e o ciclo se repete.

Mas o cachorro gosta tanto de você, tanto que ele nem sabe explicar, que simplesmente não fica com raiva. Ele até tenta, e faz uma cara de indignação que não dura dois segundos depois do primeiro bater de palmas chamando por ele. Afinal, ele pode até estar chateado, mas ele sabe que aquele é um dos poucos momentos que vai conseguir aproveitar contigo. Ele sempre vai te perdoar, ele sempre vai te seguir, ele sempre vai estar ao seu lado, mesmo que você não esteja tanto ao lado dele e ele sempre vai gostar de você e ser efusivo.

Por isso cachorros são patéticos. Aliás, eu também. Saudade de quando eu me sentia mais gato.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Rock in Resumo

Finalmente eu consigo parar e pensar e tentar colocar em palavras o que foi tão perfeitamente sentido.

Detonautas

Eu estava apenas chegando no começo do show. Engraçado pensar que ali eu ainda esteva escolhendo meu lugar, um bom lugar de preferência. Perto o suficiente, mas com espaço para respirar, parecia impossível, mas ele existia e encontramos. A música tocava, o público estava animado, eu desconhecia algumas delas, outras eu conhecia de lugares que eu não consigo me lembrar, mas foi uma feliz surpresa. Era legal, era animado, o Tico falava coisas legais, e lógicas. Um muito não esperado bom show.

Jamais vou esquecer quando ele tocou Raul Seixas, ou a homenagem ao Queen, ou tudo que foi cantado e gritado por ele e pelo público.

Pitty

Eu sempre simpatizei com a Pitty, as músicas, as letras e tudo. Achei que ela seria responsável por um show morno. Me enganei, felizmente me enganei. Ela também empolgou. Dela eu conhecia mais músicas, dela eu pulei mais e consegui acompanhar melhor a maioria das músicas, inclusive covers. Aliás, as duas primeiras bandas estavam fazendo excelentes covers.

Das músicas lentas, as mais agitadas. Da demonstração do desejo de também ver os próximos shows como uma fã, como todos nós. De toda a vibração e energia do show. Segunda grata surpresa de uma boa música baiana.

Evanescence

Lembro de ter lido na critica que foi o show mais fraco da noite. Eu posso discordar veementemente. Nós conhecemos umas pessoas legais durante os shows, e no show do Evanescence eu consegui sentar, mas não porque estava desanimado, ou porque estava cansado, mas porque eu quis sentar. Encostei na grade, fechei os olhos e apenas fiquei cantando e sentindo as músicas, enquanto podia sentir as batidas vibrando no meu corpo, e nem era a banda mais pesada, mas eu já estava feliz.

Quando ela cantou My Immortal eu quase tive um surto de tão bom. E sempre que eu abria os olhos, todos ao meu lado, os novos conhecidos que eu nunca guardo nomes e os antigos amigos, cantavam junto, e sentiam junto, não uma ou duas, mas todas as músicas. Pode ter sido o show mais fraco para o resto do mundo, mas não para mim, porque essa cena jamais sairá da minha cabeça.

System Of A Down

Dizer que essa era a banda que eu mais esperava é puro eufemismo. Eu ansiava, eu queria muito, era quase um sonho realizado. System é uma banda que eu amo, mesmo que não esteja na tríplice favorita, tem um lugar extremamente cativo em mim.

Então o palco estava sendo preparado, a bandeira erguida, as batidas de uma Prison Song, e meu coração batendo junto. Os gritos, os surtos, as palmas, as vibrações (vou repetir muito essa palavra hoje), eles no palco e tudo ao mesmo tempo e ficar sem voz e pular até meus pés não aguentarem mais, e continuar pulando porque ainda existia música e continuar vibrando e escutar 28 músicas sem nem perceber o tempo passar e ainda lamentar quando acabou.

Ainda consigo ficar arrepiado quando vejo e revejo o show pelo youtube, o que estou fazendo com frequência. Fico me lembrando de cada segundo que estive lá, de cada pulo que dei, de cada risada que soltei dos outros fazendo roda e se arremessando para alto e se estabacando no chão ao som de uma das mais empolgantes baterias que eu já ouvi. E de toda a potência de um vocalista que vestia uma simples camisa branca, quebrando todo o estereotipo visual do rock, mas com um show que beirava a perfeição.

Guns'N'Roses

A banda não é a mesma sem o Slash? Não, realmente não é. Isso importa? Nem um pouco. O show do Guns é um show com todo o sentindo que a palavra pode ter. O show do Guns é exatamente aquilo que se pode chamar de espetáculo. Desde o atraso gigantesco de uma hora e meia, até a chuva que começou exatamente na arrumação do palco, que ficou completamente alagado e fez um grande nome da história da música entrar no palco com uma capa de chuva amarela no maior estilo pica-pau desce as cataratas.

A voz dele ainda é unica. A apresentação deles ainda é grandiosa e explosiva. Assistir a um show deles ainda é uma honra sem tamanho. Não me arrependo de ter ficado encharcado, embaixo de uma chuva que começou forte e terminou fina, sentindo um frio absurdo, já não sentindo mais meus pés tamanha a dor, mas ainda assim com os braços para o alto cantando November Rain, ou Patience, ou qualquer outra música que me fizesse sentir em um filme dos anos oitenta, e me fizesse sorrir absurdamente, mesmo que momentos antes de chegar na cidade do Rock, eu simplesmente achasse que não havia motivo para tal.

Inesquecível esse dia dois de outubro, e eu certamente faria tudo de novo, quantas vezes fosse possível.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Caótico define

Eu tinha planos para fazer outro post hoje. Na verdade, ele já estava até escrito. Eu tenho alguns posts já escritos, como o anterior a esse (que na verdade já tinha a ideia, mas que ontem eu consegui passar pra texto). E alguns outros que eu vou soltando com o tempo.

Por que eu não coloco tudo de uma vez? Porque as vezes a ideia tem que amadurecer, ou porque também eu tenho problemas e odeio postar duas coisas no mesmo dia. Acho que deixa as janelas estranhas grudadas. Esteticamente tenso.

A grande questão é que (em homenagem a Diana) essa semana está caótica, e eu precisava falar disso. Tirando os problemas habituais, o fórum voltou a cair, eu já passei alguns e-mails para o servidor, eu pergunto o que está acontecendo, eles dão aquelas respostas meio vazias de quem vai resolver, mas não vai explicar o que está acontecendo. Só que eu odeio passar e-mail reclamando de algo, me incomoda mais do que eu jamais vou conseguir incomodá-los.

Aliado a isso, eu não estou conseguindo me concentrar no trabalho. Nada grave que esteja atrapalhando a produtividade, mas apenas que me deixa mais cansado, porque eu demoro mais a fazer algo que eu faria em menos tempo.

Em casa também as vezes me dá uma falta de animo estranha, e uma sensação de instabilidade temporal complexa. Mas isso eu associo diretamente a quebra de rotina. Sim, acabei de descobrir que eu sou mais ligado a rotina do que eu imaginava. Mas faz tempo que eu não vejo alguns amigos que eu via todo final de semana, entretanto estou vendo outros e estou amando.

Só que eu não estou tão satisfeito assim com a rotina antiga, porém a fase atual está pior que a rotina que já não me satisfazia totalmente. Complexo né? Imagine minha cabeça. Eu também continuo com aquela máxima de evitar reclamar ou desabafar com os outros. Nada pessoal, mas meu medo de encher o saco e perder amigos (que eu gosto e me importo) é gigante.

Apesar disso tudo eu ainda sou feliz. Sim, eu consigo, é possível. Não sou tão apegado aos meus problemas assim. Só que é aquela minha rotineira (viu com sou apegado a rotinas?) felicidade sem explicação. O que eu ando sentindo falta é alguma felicidade com explicação, que eu possa olhar, apontar e dizer:"Olha minha felicidade ali tomando sorvete de flocos (meu favorito - e da Lola B. também - Vamos dividir um algum dia. É uma promessa nossa)"

E eu vou publicar esse post sem nem ler o que está escrito acima, porque eu digitei e tenho que confiar em mim de que não há erros tão grosseiros a ponto de ter que betar, e também que deve ter exatamente o que eu estou sentindo, e quem sabe daqui um ano eu leia e pense em como eu era engraçado. Ou quem sabe daqui quinze anos eu leia, pegue minha máquina do tempo e volte para me dar um abraço (o que seria o ápice do forever alone).

O estranho é que se eu voltasse no tempo eu deveria estar aparecendo agora para mim mesmo, e eu levaria um susto e pensaria que é alguma coisa muito tensa e poderia morrer. E se eu morro eu não posso voltar no tempo daqui a quinze anos para me dar esse abraço forever alone, então nada teria me assustado e consequentemente me matado. Então eu ainda estaria vivo e poderia voltar no tempo daqui quinze anos para me matar de susto de novo.

Aliás, minha prima trouxe chocolates gostosos.

Dias caóticos, por favor, passem.

quinta-feira, setembro 29, 2011

O sentimento que virou fic

Eu precisaria de apenas alguns segundos.

Para poder ver seus olhos, tentar enxergar sua alma e nunca mais esquecer do brilho deles.

Para poder tocar seu rosto, sentir a sua pele e nunca mais esquecer a delicadeza das suas bochechas.

Para poder te abraçar apertado, e nunca mais esquecer o calor do seu corpo e o ritmo que seu coração bate.

Para poder segurar na sua mão e nunca mais esquecer da sensação de ter seus dedos entrelaçados aos meus.

Para poder chegar perto de você o suficiente para ter nossos narizes se tocando, e nunca mais esquecer o cheiro da sua respiração.

Para poder ouvir qualquer coisa que você diga, e nunca esquecer o som da sua voz sussurrando palavras aleatórias para mim.

Para poder roçar meus lábios nos seus e nunca esquecer a textura da sua boca.

Para poder dar um único e leve beijo e nunca mais esquecer o seu gosto.

Para poder olhar para você e nunca mais esquecer o seu sorriso.

Para poder ver você ir embora sem olhar para trás, e nunca mais me esquecer de uma das pessoas mais importantes da minha vida: Você.

Apenas alguns segundos.

segunda-feira, setembro 19, 2011

Reciprocidade, isso existe?

Hoje eu estou me sentindo culpado. Muito pelo fato de estar me sentindo sozinho, mas também por medo de estar cometendo uma injustiça. Tem dias que cansamos de nunca ser colocados em primeiro em alguma coisa na vida de alguém. Eu sempre acho que estou acostumado a isso, então a vida vem e mostra que não, eu não estou acostumado a isso. Eu sou tão tolamente sensível quanto qualquer outra pessoa, e isso deveria me tranquilizar, mas não parece suficiente.

Mas sei lá, a parte da culpa é porque eu coloquei em alguém uma responsabilidade que não lhe cabia, que não lhe foi pedida ou perguntada. Eu apenas sentia, e esperava algo que nem eu mesmo sei o que. Mas mesmo com todos os sinais, mesmo com todos os momentos que eu pude ver, e não foram poucos, novamente não existia a reciprocidade.

E essa foi uma palavra que eu pensei muito esses dias: Reciprocidade. Pensar nisso obviamente me deixou mais triste do que o normal. Contudo eu ainda prefiro pensar que estou apenas em uma semana mais emotivo. Porque essa semana foi bem tensa.

A unica coisa que eu preciso perceber é que você não é diferente de ninguém, principalmente quando surgir algo mais interessante, e sempre surge, esse é meu maior problema. E que eu tenho que aprender a conviver com isso. Eu preciso aprender a conviver com o silêncio.

Aliás, apenas uma correção: Você não é tão igual aos outros. Da mesma maneira que você tem o poder de me deixar feliz, você consegue me deixar triste, e eu nem posso te culpar por isso. Nunca houve uma promessa de que isso não aconteceria, então, também não há cobrança.

Bom, eu sei que nunca vou te esquecer, e nunca deixarei de pensar com carinho, mas eu realmente não tenho tanta certeza assim se é reciproco.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Quando o simples se torna complicado.

Então você é uma pessoa comum vivendo sua vida normalmente. Quando aparece alguém, um amigo ou simples conhecido, vocês se olham e sorriem por se encontrarem. Encontrar alguém que você gosta é sempre legal. Tudo sempre começa com um oi, ou algum aceno de cabeça. Então você ouve a pergunta: Tudo bem?

Tudo bem? Aquela frase ecoa na sua cabeça naqueles rápidos segundos, que nem chegam a ser segundos. Mesmo? E você sente aquela súbita vontade de falar que não, não está tão bem assim. E contar seus problemas, e suas frustrações, e seu desespero, e tudo aquilo que parece preso na sua garganta, que faz seu peito apertar, ou seu cérebro entrar em estado de autocombustão, e simplesmente nada sai.

Afinal, ele nem deve realmente se importar, ou você não quer chateá-lo com seus problemas, ou talvez ele nem queria realmente saber como você estava. Sua insegurança predomina, e você conclui então que era só uma pergunta cotidiana e comum. Uma simples pergunta. Então você fecha os olhos, abaixa um pouco a cabeça, respira fundo e responde:

Tudo bem sim, e contigo? 

E você sabe que você se importa.

segunda-feira, setembro 05, 2011

That's my life show

Eu sempre fico pensando que só escrevo quando estou parcialmente triste, ou muito feliz. E agora, poucos minutos atrás eu fiquei inexplicavelmente tristes, e senti vontade de escrever, mas me impedi. Eu não quero escrever só coisas tristes, eu nem tenho motivo para estar triste, talvez eu tenha, e esteja apenas me enganando, mas eu definitivamente não queria escrever apenas sob essas circunstancias.

Eu até andava praticando textos mais felizes, e estavam dando certo, mas até eles tem um ar meio melancólico para mim, porque eu conheço as intenções talvez.

Mas parece que vai ser assim, felicidade e tristeza andando lado a lado, porque não é fácil e não é fácil de nenhuma maneira. Geralmente eu nunca penso em mim primeiro, e isso acaba me incomodando de certa maneira, mas as vezes acontece esses casos raros, onde eu realmente não me incomodo nada com isso.

Isso me deixa dividido, e parcialmente feliz.

segunda-feira, agosto 29, 2011

what am i?

Eu invejo as pessoas em vários aspectos. As vezes eu acho engraçado como elas amam e confiam com tanta facilidade. Facilidade pelo meu ponto de vista, pra elas é normal, pro resto do mundo é normal.

As vezes tem tantas coisas que eu queria falar. Sobre mim, sobre tudo, mas simplesmente não consigo. Não sai. E eu me esforço, eu tento confiar mais nas pessoas. E as vezes consigo um pouco. Tenho esses lapsos, mas eu também tenho um medo absurdo de ser chato e inconveniente. Um medo de incomodar, um medo de que se afastem de mim por causa dos meus problemas.

Eu diria que é irônico pensar que eu tenho medo de parecer fraco, porque eu não aparento ter esse medo. Eu nunca liguei de me submeter a ser o mais fraco, ou parecer ser. Nunca liguei de ser taxado o mais imaturo, ou o mais infantil (esse eu até me orgulho), ou o mais inocente, o mais burro e mais um monte de coisas que as pessoas consideram negativo. Apesar de eu achar que a fraqueza é justamente um dos meus maiores medos. Ambíguo e complexo, eu sei. Porque tem horas que eu me considero mais forte que a maioria. Muitos amigos meus já me falaram isso, talvez porque eles não vivem dentro da minha cabeça, e eu não tiro tanto as coisas de lá assim.

E de tanto medo de ficar sozinho, é assim que eu me sinto as vezes. No fim, eu só sei que eu não sei o que eu sou.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Hoje...

Foi aquele tipo de dia estranho em que eu fiquei muito feliz por estar realmente triste.

terça-feira, agosto 23, 2011

Não há resposta quando não há pergunta

Eu sou uma pessoa naturalmente curiosa. Eu pergunto tudo sobre a vida das pessoas que eu gosto quando recebo o minimo de abertura. Por vezes tento me controlar por achar que estou invadindo demais a privacidade alheia, e chego a avisar que podem me mandar calar a boca, ou fico perguntando se estou exagerando. Até hoje, por sorte, sou feliz e encontrei apenas pessoas educadas que dizem que não, eu não costumo exagerar.

Me sinto com essa liberdade, porque eu parto de um principio de que as pessoas podem me perguntar qualquer coisa, o problema ficará apenas se eu vou ou não responder. Perguntas dificilmente me ofendem, e dificilmente eu a deixo sem resposta quando é sobre mim.

A grande questão é que as vezes eu me encontro em situações onde existe a curiosidade, existe a vontade, mas eu simplesmente me calo, a pergunta nunca acontece e eu fico sem saber. Não por achar invasivo, mas por ter medo da resposta, por ter medo de não aguentar.

São perguntas que eu imagino a resposta que vou escutar, e simplesmente me dou o direito de não ouvir, não naquele momento. Eu acredito que isso seja um ato um tanto quanto fraco em mim,.mas algumas dessas confirmações seriam realmente o tipo de coisa que eu não precisaria nessas horas.

A parte irônica é que por vezes esse silêncio é justamente a resposta que eu precisava para as perguntas que eu fazia a mim mesmo. Perguntas essas que ou eu não sabia, ou não tinha certeza da resposta. Aquela estranha confirmação silenciosa, quando você se dá conta de algo obvio, ou não tão obvio.

Não é exatamente o tipo de coisa que facilita a vida. Definitivamente não é, mas também não é nada que impeça de seguir adiante. Afinal tudo passa, e essa foi a primeira grande lição da vida que eu aprendi e nunca mais esqueci.

quinta-feira, agosto 11, 2011

O dia que eu quase perdi o medo de palhaços

Passei boa parte da minha infância tendo medo de palhaços. Geralmente não gosto de maquiagens pesadas, e rostos pintados. Eu chorava pra ninguém me fazer bigodinho em mim em Festas Juninas. Vamos combinar que nem todo o caipira tem barba.

Mas um dia aleatório voltando da faculdade eu vi uma criança chorando ao lado da mãe numa praça. Aquelas mães que não sabem mais o que fazer, enquanto o filho faz um escândalo sem razão. Então aquele ser colorido, de peruca amarela, roupas largas, cheias de bolinhas e listras e muita maquiagem no rosto apareceu na frente dele, e fez uma brincadeira com um balão. Uma brincadeira boba e inocente e ele parou de chorar e sorriu. Aquilo foi tipo mágico. A figura em si ainda me assusta, a maquiagem ainda é algo que me incomoda, mas o simbolismo e o poder são fascinantes. Palhaços tem o poder de fazer uma das coisas que me deixam mais satisfeito.

Eu tenho muito disso. As vezes eu acho que não vim ao mundo para ser o inferno de ninguém. Odeio essa sensação. Gosto de fazer as pessoas felizes. Ganho meu dia quando faço alguém sorrir, e realmente não entendo porque as pessoas não podem ser simples, e serem felizes com mais facilidade, ou tem que se incomodar tanto com os outros. É daqueles momentos em que eu acho que nasci no mundo errado.

Eu queria conseguir abraçar mais as pessoas, não necessariamente dizer mais vezes o quanto eu gosto delas, porque isso eu faço bastante, tanto que as vezes acho que um ou outro não acredita ou não leva tão a sério. Mas isso já é uma questão minha de insegurança, coisas que eu teria que lidar, e tento, mas a passos lentos.

As vezes eu consigo fazer algumas pessoas que eu gosto sorrirem depois de um dia triste, e é algo que me deixa extremamente satisfeito. Talvez alguns achem que eu me contente com pouco, mas eu não acho pouco. Por isso eu sou estranho. Eu gosto de ser estranho, e ainda tenho medo de palhaços, mas gosto do que eles significam.

domingo, agosto 07, 2011

Complexo de Tomoyo

É engraçado como eu sempre me pego nessa situação. Talvez dessa vez deveria ser mais fácil, porque é errado de certo modo, ou sempre parece ser. Mas eu pareço não ligar. Continua tão ruim como de todas as outras vezes, mas tão bom, que acaba valendo a pena.

Eu lembro quando era mais novo e assistia Sakura Card Captors. Achava nítido que a Tomoyo, melhor amiga da Sakura, sentia algo mais por ela. Era tão obvio, e meus amigos diziam que eu via coisas demais. Eu não devia ter mais de quatorze anos, e achava aquilo normal e bonito.

Havia um diálogo interessante onde a Sakura mostrava gostar de alguém, não lembro se já era o Lee ou o Yukito ainda, e acontecia a seguinte conversa (ou algo parecido com):

___________________
Sakura: Tomoyo? E você? Não gosta de ninguém?
Tomoyo: Claro que gosto.
Sakura: Mas então?
Tomoyo: É que a pessoa que gosto, gosta de outro.
Sakura: Mas isso é muito triste.
Tomoyo: Não, não é. Porque eu gosto dela, e se ela está feliz, eu estou feliz também. 
_________________

Na época eu até cheguei a pensar que eu era assim por causa desse diálogo, que eu achei simplesmente fantástico. Mas depois eu percebi que não. Porque eu já tinha feito isso antes. Uns dois anos antes, quando a menina que eu gostava me perguntou o que eu achava de um dos meus amigos. Me perguntou se ele era legal, porque ela gostava dele. E eu disse que era. Porque ele realmente era. Porque eu realmente achava que eles combinavam, e porque ela estava feliz com ele. Como eu não poderia estar feliz também?

Então as vezes parece que as coisas voltam. E elas sempre voltaram nesse aspecto pra mim. Talvez por isso eu diga que eu nunca amei alguém de verdade, já que eu nunca tive um sentimento de posse maior do que a felicidade alheia. Ou talvez eu tenha vindo ao mundo apenas para assistir a ajudar a felicidade dos outros. Mas nunca descobrir exatamente como ela é.

Apenas sei que certamente não foi a primeira vez, e nem será a última. Mas como em todas as vezes, sempre dá aquele gosto amargo e uma sensação estranha. Porém parece ser a melhor coisa mesmo. E isso nem é tão reconfortante, mas também não é o único lado positivo. Só espero que você sorria no fim.

sexta-feira, julho 29, 2011

Nostalgiando

Ignorem o fato de que eu não tenho mais férias em julho desde algum tempo. Ignorem o fato de que agora eu tenho um ipod que eu uso apenas um décimo da capacidade. Ignorem tudo e me deixem.

Lembro das épocas que eu ia todas as férias duas vezes ao ano para São Paulo. Passar lá um mês ou mais. Onde ficava na casa dos meus primos. A rua era sempre cheia de crianças e adolescentes. Quase não passava carros, montávamos uma rede de vólei no meio da rua e xingávamos qualquer raro carro que atrapalhasse nosso jogo.

Lembro que após isso todos sentavam na calçada e ficavam conversando até duas ou três horas da manhã, e isso era um grande feito, até mães e tias começarem a surgir e nos puxar para dentro. Lembro dos amigos, das risadas, dos tombos em patins que eu nunca soube usar. Das corridas de bicicleta, dos tombos nessas mesmas bicicletas. Das vaquinhas para ir ao mercado comprar refrigerantes e biscoitos. Muitos biscoitos, e eu nem gostava tanto de biscoitos. De sentir saudades desses amigos de férias.

Então eu voltava para casa no fim, perto do dia 30 de julho sempre, afinal eu ainda precisava me adaptar ao ritmo normal antes das aulas começarem. Então eu entrava no ônibus, que era absurdamente mais barato do que avião, economizava o dinheiro do avião que meu pai me dava, gastava tudo em São Paulo, e pegava o 1001 com ar-refrigerado. Era o Rolls-Royce dos ônibus de viagem. Tinha tv e lanchinho. Lanche melhor até do que os atuais dos aviões.


Lembro que apesar da economia o tédio ainda era grande quando se tem 6 horas de viagem. Então eu pegava meu diskman ultra moderno e ficava ouvindo meus cds, que travavam quando o ônibus pulava. Com grandes e potentes fones, cantando alto porque a gente perde a noção que não está sozinho e se empolga.


Lembro de uma vez em especial que esqueci todos os meus cds em casa. Exceto aquele do Space Jam, sim do filme do Pernalonga, que tinha ficado lá dentro. Ele era interessante por ter adoráveis sessenta e um minutos de música aproximadamente. A solução na minha mente, que não podia usar relógio de pulso por alergia, foi ouvir aquele cd seis vezes seguidas, para saber que estava próximo de chegar em casa.

Bons tempos.

sábado, julho 23, 2011

Sobre Lamas e Lembranças

Existe um amistoso café-restaurante no Rio de Janeiro, Lamas, tão antigo quanto minha avó poderia se lembrar. Exceto que talvez ela nunca tenha ido. Frequentado por artistas, personalidades, e vários clientes carimbados desde a época em que os séculos ganharam sua maioridade.

Seu ambiente é engraçado, mantendo grande parte da construção original. Paredes forradas de uma madeira escura, aquelas cadeiras e mesas quadradas com toalhas extremamente brancas e um excesso de talhares, lustres com cristais antigos e uma iluminação precária. Os garçons em geral parecem ser os mesmos desde a fundação. Fazem parte da casa os cabelos brancos desfilando com suas bandejas e gravatinhas borboleta.

Alguns dizem que o  local perdeu parte do charme com a lei anti-fumo. Eu apenas acho que ele perdeu uma nuvem de fumaça que permanecia no alto e ganhou um novo teto, o qual eu nunca tinha reparado que existia.

Mas mesmo assim eu ia com família ou amigos de vez em quando, principalmente aqueles que tinham curiosidade de conhecê-lo, apenas para me lembrar porque eu não o frequentava mais vezes. Então quando essa lembrança sumisse eu poderia ir novamente, sem problemas, até que a sensação ficasse novamente fresca em minha memória.

Alguns lugares parecem ter esse poder sobre nós.

sábado, julho 09, 2011

i knew

Sabe aquele seu discurso de que nada iria mudar? De que tudo seria como antes, ou talvez melhor? Só porque você sabia que eu não estava gostando daquilo. E fazem anos, não é? Pois então, naquele dia eu já sabia como seria. Já sabia que não seria bom para mim.

Talvez seja apenas egoísmo meu, mas eu me dou esse direito, não tenho muitos egoísmos mesmo. Só sei que desde aquele dia, uma mente não tão madura, sabia exatamente como seria no futuro. E a tendencia ainda é se manter assim.

Desde novo eu sempre soube que idade não era um fator relevante em mentalidade e maturidade, são diferentes de infantilidade, por isso sempre tento tratar igualmente alguém que tem doze ou noventa anos. As pessoas não costumam fazer isso. Eu faço. E se naquele dia eu já sabia como seria, hoje eu só tenho certeza de que meu jeito de pensar não é errado.

Agora é continuar e me adaptar, não é algo que se pode mudar. Minha sorte, e maior azar, é que eu tenho grande facilidade de adaptação, apesar de ter grandes problemas com mudança. Contrastante, mas no fim, parece que apenas eu tenho que me acostumar.

quinta-feira, julho 07, 2011

My childhood

Desde novo eu sempre tive esse ar meio nostálgico em relação a tudo. Eu gosto do passado, do meu passado, e tudo o que eu vivi.

Só é triste quando eu penso que sim, teria feito mais coisas, teria vivido mais o que podia, e que é aquele tipo de problema que só resolveria nascendo de novo.Daqui há cem anos de preferência.

Eu realmente gostei de muito do que vivi, mas apenas queria ter aproveitado um pouco mais. Acredito que esse seja o tipo de pensamento que a maioria tem. Mesma vida e apenas algumas diferenças, e é justamente isso que me faz pensar se com essas diferenças eu estaria aqui hoje como estou.

Pensando bem...i loved my childhood.

quarta-feira, junho 29, 2011

Like a brother or sister

Um fato estranho é um filho único que nunca em sua vida pensou em ter irmão. A unica vez que eu tive algo próximo de vontade, foi quando era mais novo, e queria ter um irmão mais velho assim como meus amigos. Problema é que, depois que eu nasci as chances de um irmão mais velho eram quase nulas.

Então me acostumei a ser apenas eu. Nunca vi graça em irmãos mais novos. Sempre tive a vocação de ser cuidado por alguém, e não o contrário.

A graça e minha segurança é que talvez você nunca leia isso, porque eu dificilmente vou te mostrar que eu tenho um blog e escrevo aleatoriedades nele, ou se ler, você nem perceba. Por isso posso dizer que você despertou em mim esse sentimento, essa curiosidade de querer saber como seria ter um irmão mais novo. Como eu deveria me comportar como irmão mais velho, e todo aquele clichê bonito de cumplicidade e um protegendo o outro. Claro, que tudo baseado na grande ilusão da família perfeita e unida. Ignorando a diversidade de historias de irmãos que escuto e conheço que mal se falam.

Eu realmente criei contigo esse laço, mas isso jamais mudou minha visão de ser filho único. Eu ainda não ia querer ter um irmão mais novo, porque no meu imaginário, ele teria que ser como você. Ter irmãos ainda é uma loteria, você não escolhe o que vai chegar, ou se vão se dar bem, se vai existir essa vontade de proteger do mundo. E eu não iria querer arriscar, afinal, aqueles que me seriam bons irmãos, já nasceram faz tempo, inclusive você.

terça-feira, junho 28, 2011

world strange world

Eu acho engraçado como as pessoas criam certa coragem dentro de seus quartos escuros e sozinhas. Como se com a luz apagada, uma imagem ocultada por um nome aleatório, e algumas paredes fossem suficientes para dar segurança aqueles que não conseguem se expressar pessoalmente.

Abaixando a cabeça, ou engolindo sua opinião em público, mas soltando-a como toda a voracidade quando estão seguros dos olhares reprovadores. Uma falsa ilusão de que ninguém saberá o que foi dito ou feito. Então, a pessoa pode ser ela mesma, mostrando aquilo que até ele mesmo reprovaria se fosse um mero espectador de sua própria cena. Engraçado e irônico.

Eu continuo não me importando com o que as pessoas fazem, mas acho graça quando elas acusam apenas as outras dos problemas do mundo. No fim, existem muitos Hitler por ai, o que lhes falta é oportunidade de aparecer, ou a verdadeira coragem de mostrar ao mundo quem realmente são.

Só peço, por favor, não usem o nome dele em sua causa. Pois se eu que não sou um ser perfeito, jamais aprovaria um filho fazendo algo desumano, e pior, justificando ser por minha causa, imagine ele.

Aceita um copo de coca?

Havia risos e nostalgia. Era como sempre foi, mas que raramente era. Havia pizza e coca zero. Havia histórias repetidas e mais risadas. Por um momento foi esquecido todos os furos, as ligações não retornadas, os sumiços repentinos e os xingamentos mentais sobre a falta de consideração. Tudo abafado pelo barulho ensurdecedor da felicidade. E que os vizinhos me odeiem.

Poderiam acontecer mais vezes, mas talvez não tivesse o mesmo impacto. Então vieram as costumeiras reclamações de sono, e um já vou que nunca chega, acompanhados de mais risadas e mais histórias, algumas repetidas, algumas novas. E tudo parecia como sempre, apesar de ainda faltar gente. É feliz, provavelmente haverão mais dores de cabeça até esse cometa passar novamente, mas não adianta, quando passa é sempre bom.

domingo, junho 19, 2011

you will have remember

Eu simplesmente não sei dizer. Acho que 26 letras ainda não se fazem suficientes. O filme ainda é o mesmo. Aliás Watchmen tem o plot genial e a história cansativa. Tudo é sempre igual. A diferença é que a minha reação muda. Eu ainda fico irritado comigo por não pensar em mim, mesmo quando eu sou o único prejudicado e fico puto por isso, eu me culpo. Mas um dia vão me perguntar se eu estou bem, e eu irei dizer que sim.

Estou cansado do egoismo alheio. Só tenho que aprender agora a não me sentir culpado quando eu não me importar. Mas nem tudo está perdido, minha vontade de ficar em silêncio mostra que eu ainda sinto algo. Só por favor, não cobre algo que você não oferece, e não ligue se eu não cobrar. Eu nunca cobro mesmo.

domingo, maio 29, 2011

Coragem? not too much

Coragem é aquela coisa engraçada com vem uma boa dose de falta de senso. Eu sempre tive coragem para questão não pessoais. O meu grande problema é justamente que a vida é muito pessoal, e nesse caso eu pareço ter muito senso.

Eu bem queria olhar para você sem medo. Ou dizer tudo o que eu queria. Talvez não tudo, mas a parte mais interessante. Eu sempre falo demais, mesmo quando em silêncio, e tudo poderia ser muito.

Eu poderia tentar via carta sem destinatário. Se o grande problema fosse a pessoa, mas isso é sempre o de menos. O impasse normalmente está no conteúdo.

O que me lembra que eu tenho que terminar o projeto das cartas. Por favor, eu preciso terminar.

sexta-feira, maio 27, 2011

Finalmente um motivo?

Outro dia eu estava pensando comigo mesmo em abrir um tópico no fórum para perguntar o porque das pessoas escreverem. É realmente uma curiosidade minha. Eu gosto de saber as razões e os pensamentos das pessoas. Acho realmente fascinante. Mas até ai, eu achava que meus motivos eram fáceis de supor. E não, não eram.

Fiquei algum tempo pensando sem chegar a lugar nenhum. Como se simplesmente tudo que eu imaginava fosse banal, ou não fosse o suficientemente forte para me fazer querer escrever. Certamente tudo que eu pensava antes fazia sim sentido, e ainda são grandes motivos para me fazer pensar e planejar histórias. Ou até mesmo procurar algumas para ler, assistir, ou que seja. A principal graça aqui é a produção.

Então eu meio que deixei o tópico de lado. Não coloquei para frente, já que eu não poderia perguntar e pedir que as pessoas falassem do fundo de seus corações, se nem eu mesmo conseguia colocar em palavras os motivos que me levavam a escrever.

Então eu comecei a assistir séries, e filmes e mais séries e ler fics e parece que comecei a perceber o que me chamava atenção em tudo: Personagens. Por mais que eles retratem pessoas, eles são tão diferentes, tão extremos, tão fortes em suas características e ações e sentimentos que fica tudo muito poético e perfeito. Onde até o mais malicioso dos personagens se torna inocente, de certa forma.

Eu gosto de histórias leves e inocentes, é inegável.

Mas acabo de perceber que mesmo assim, ainda não sei definir tão bem porque eu gosto e o que me leva a escrever. Só sei que eu acho o mundo deles muito mais legal do que qualquer outro. Muito mais legal do que o meu. E se eu puder criar esse mundo? E fazer com que as pessoas sintam o mesmo que eu? Então, estarei satisfeito.

segunda-feira, maio 23, 2011

Again and Again and A....

Não é nem a primeira ou a última vez. Não é nem a primeira ou a última pessoa, mas em todas as vezes eu fico assim. Fiquei chateado hoje. Sabe? Algo que pouca gente já me viu ficar. Penso que eu já deveria estar acostumado. Não posso nem mentir, eu já esperava por isso, de novo. Mas até o mais pessimista, o que ainda não é meu caso, tem uma esperança de estar errado.

Tudo poderia ter sido diferente hoje, e feliz. Mas não, eu me prendi a algo tão incerto quanto jogar na loteria. Algo que até quando é espontâneo tende a dar errado. E isso não importa. Como eu disse, não será a primeira ou a última vez. O grande é problema é que todas as vezes eu apenas me pergunto o quão importante eu sou para as pessoas. Pode parecer besteira para alguns, mas para alguém que não tem uma autoconfiança muito sólida, é exatamente o tipo de duvida que fica por um tempo consideravlemente chato.

Minha sorte é que o que eu sinto é tão volátil e passageiro, que o silêncio é menos nocivo que a discussão. Nem todo mundo é assim.

Antigamente eu me perguntava porque continuar aqui, e sempre tinha um número pequeno de respostas. Com o tempo as respostas ora aumentavam, ora diminuíam. Parei de fazer isso, porque não saberia como reagir quando eu não tivesse mais o que responder.

segunda-feira, maio 02, 2011

First Day of May

Faltam-me palavras. Estou me silenciando diante do silêncio a minha volta. É como se tudo estivesse longe, ou talvez eu estivesse longe de tudo. Como se o interesse tivesse sido perdido, apesar de eu saber que eu não perdi.

Estranho. Tudo estranho demais. Eu nunca fui muito bom para enxergar o futuro muito distante. Mas isso nunca me incomodou. Ainda não incomoda de qualquer forma. Outras coisas me incomodam.

Eu queria entender essa minha mania caminhar contra um vendaval, como se o vento do lado oposto já não fosse forte o suficiente. Eu nunca gostei exatamente do que é fácil. Acho que é normal gostar de dificuldade, mas por ainda assim eu procuro o praticamente impossível?

Sempre crio pequenas metas, e é engraçado que quase não existe frustração quando elas não são alcançadas. Alguns podem dizer que eu lido bem com problemas, as vezes eu concordo, em outras eu acho que simplesmente não acredito muito.

E para terminar minhas reflexões e problemas isolados de hoje, acabou a coca-zero. Eu queria coca-zero.

segunda-feira, abril 18, 2011

The day after...

As vezes eu penso que já passei da época de me sentir assim.
As vezes eu me sinto tão sozinho mesmo com tanta gente em volta.
As vezes eu acho que me esforço demais.
As vezes eu acho que eu me protejo demais.
As vezes eu queria ser totalmente diferente.
As vezes eu fico feliz em ser eu mesmo.
As vezes eu quero que alguém goste de mim.
As vezes eu quero que outros gostem de mim.
As vezes eu queria não gostar de alguém.
As vezes eu queria não gostar de ninguém.
As vezes eu sou muito inseguro.
As vezes eu consigo me sentir melhor.
As vezes eu gosto de usar "as vezes".
Outras vezes também, sobre tudo.

sábado, abril 16, 2011

Apenas mais alguns minutos...

Eu tentei várias linhas. Apaguei e reescrevi tantas vezes que nem consegui contar. E nada, simplesmente nada define como me sinto. Talvez porque nem eu sei direito.

Contudo, sei que faltam apenas alguns minutos.

terça-feira, março 22, 2011

And one more time...

Segundo dia consecutivo que vou dormir mal e desgastado. Não vi o dia passar. Não sei o que aconteceu com nada. Estou mal e com uma sensação desesperadora. E eu não fiz nada, simplesmente não fiz nada para me sentir assim. Não estou envolvido, e foi uma escolha não me envolver. Foi tudo tão desnecessário. Tão sem sentido. Tão descontrolado. Tão decepcionante.

Simplesmente cansei. Obvio que vai passar, mas até quando eu vou aguentar cansar e voltar?

quinta-feira, março 10, 2011

The Last Night

Espere a noite chegar e vá até sua janela. Depois que abrir as cortinas olhe atentamente para cada ponto luz na terra. Ignore por um instante as estrelas e a lua. Olhe apenas em frente as milhares de luzes que iluminam a noite.

Imagine que por baixo daqueles milhares de pontos brilhantes existem uma, duas, três ou mais vidas. Cada um com suas alegrias, tristezas e problemas. Cada um vivendo conforme sua própria consciência. A grande maioria não te conhece, não sabe quem você é, ou sequer se importa contigo.

Poucos se importam com o que te acontece, ou deixa de acontecer. Exceto é claro que seja algo muito grave e se torne publico, então todos se importam. A maioria dos problemas graves e difícil saida são comuns a todos. Então é mais fácil alguém se identificar, ou temer que lhe aconteça o mesmo, e assim se importar.

Olhe de novo e pense em quantos ali você ajudaria. Quantos você já dedicou sua atenção ou mesmo se importou. Quantos você já não xingou mentalmente por algum inconveniente. Ou quantos você elogiou por alguma aleatoriedade.

Agora pense nas luzes que sua visão não alcança. Ou nas que estão apagadas devido a madrugada. Pense. Pense em cada uma. Em cada vida, em cada conflito, em cada sorriso, em cada tristeza e no que cada um fez por você para que você sorrisse, chorasse ou vivesse.

Pense em quantos você conhece, quantos você ainda quer conhecer, quantos você não faz questão, quantos você sabe o nome, quantos você agradeceu e quantos você sorriu pela manhã mesmo em um dia de chuva.

Faça isso um dia. Não hoje e nem amanhã. Apenas quando o tempo e o sono lhe permitirem. Assista na janela até todas as luzes se apagarem e o dia ficar claro. Até o sol nascer, e tudo se transformar em uma coisa só, uma coisa maior. Mas comece pela noite, porque é nela que tudo se destaca e as coisas aparentam ser mensuráveis.

Fazer tudo isso não tem um real significado. Nada especial, mas já é um bom para começar a entender o problema do mundo.

domingo, março 06, 2011

Apenas uma noite de carnaval

Em uma noite comum de carnaval, ouvindo músicas aleatórias no fone, pensando em frente a tela do computador. Pensando no que poderia ser, no que poderia ter sido e no que poderia mudar.

Não quero pensar, mas não paro.

E continuo escutando músicas aleatórias em uma noite de carnaval.

domingo, fevereiro 20, 2011

Eu nem gostava tanto de Paralamas

Um convite inesperado em um sábado a noite. O show começa e eu conheço algumas músicas, mas não todas. Estava cercado de pessoas estranhas, todas interessantes, todas com boas histórias e coisas para contar. Todas curtindo o mesmo momento.

Então no meio de uma música você chegou. Chegou porque uma amiga sua insistia em ficar o mais perto possível do palco. Nós estávamos próximos ao palco, mas ainda havia chance de ir mais para frente. Vocês desistiram. Vocês ficaram parados ao nosso lado, e nos olharam como pedindo desculpa por entrar naquele pequeno espaço apertado. Eu e minha amiga olhamos de volta e demos de ombros e rimos e continuamos assistindo. Vocês também riram, e então se soltaram.

Eu nunca tinha ido a um show do Paralamas do Sucesso, mas eu conhecia músicas o suficiente para não ficar em silêncio. Você também não parecia conhecer todas, mas estava feliz e pulava e cantava e agitava os braços no ar. Você se soltava e batia palmas, eu também. Todos aplaudiam no fim de cada música, ou no meio de algumas delas.

As luzes iluminavam seu rosto. Cada cor diferente mostrando algo novo em você. Você sorria e aproveitava cada música. Você sorriu durante toda apresentação. E eu ficava olhando do palco para as pessoas próximas e sempre acabava em você. Eu sempre tive mania de olhar tudo ao redor, e ver a expressão das pessoas em momentos de euforia. É algo bonito, é algo que faz bem. Terminar em você me fazia muito bem.

Mesmo as horas em que alguém tentava passar e você sumia no meio da multidão, e as pessoas a volta mudavam, vocês voltavam. Vocês sempre voltavam ao nosso lado.

Percebi em um momento que você fechou os olhos e sentia a música. Eu mesmo já tinha feito aquilo alguns minutos antes. De olhos fechados sentindo as vibrações das batidas, sentindo as notas, percebendo os flashes de luz invadindo meus olhos por trás do escuro. Me senti dividindo algo contigo.

E eu pulava e gritava. E todos pulavam e gritavam. E você pulava e gritava. E você gostava daquilo. E exatamente por você não conhecer todas as músicas, ao contrário dos seus amigos, eu achava que você gostava do mesmo jeito que eu. Era como uma novidade vibrante.

Então acabou. Todos começaram a dispersar, minha amiga e eu resolvemos esperar a multidão sair. Vocês também esperaram. O dj começava a tocar e vocês estavam dançando. Poucos segundos depois minha amiga me chamou para ir embora, ela estava cansada, nós estávamos cansados. Começamos a caminhar no meio das pessoas. Eu ainda olhei para trás para ver seu rosto pela última vez, mas você estava de costas e essa foi a última visão que tive de ti.

Não trocamos uma palavra, não sei seu nome ou quem você é. Não sei o que gosta ou o que faz. Sei apenas que estava lá. Sei que estava feliz. Provavelmente eu nunca mais te veja, talvez um dia eu esqueça seu rosto, mas eu nunca vou esquecer de quem fez meu primeiro show do Paralamas do Sucesso ser inesquecível.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

my mind.

É o calor. É essa sua frase. É a frase dela também. É tudo que eu escuto. Tudo que eu faço. Tudo que eu tento. E nada parece bom. Nada. São as reclamações. São os absurdos. São as suas prioridades. É o fato de eu não parecer uma delas. São as suas condições. São favores para você. Para vocês. São pessoas no meu ouvido. São felicidades perdendo a graça. E nunca está bom. Nunca está. Tudo tem defeito. Poucos realmente ajudam. Ninguém me ajuda. Está tudo uma bagunça. O que é essa vida? Eu não aguento mais. É gente que fala o que não deve. Gente que simplesmente não olha o esforço. Vê apenas os defeitos. E reclama. E xinga. E não percebe que alguém tem que arcar com isso. E está quente. Muito quente. E eu estou aqui, porque você não quer abrir mão. E são apenas cobranças. Mas eu estou aqui fazendo algo por você. E sempre terá um erro. Mil acertos e um erro. E esse erro pesará nas minhas costas. Como se fosse a única coisa que eu tivesse feito. Pouco reconhecimento e muita reclamação. Cansa. Cansa. Cansa muito. Pra que isso? Para que tudo? Eu não estou pensando e exatamente assim é minha cabeça. Por que então? Procura e pensa. Calma. Seja calmo. É só um dia. Amanhã melhora. Amanhã tudo muda. Ou continua a mesma coisa, mas adormece. Uma hora adormece. Então só depois volta. Depois de muito tempo. Que vida é essa?

Respira.

Volte a sorrir. Pronto, pode dormir.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Pequenas coisas

Um sorriso de quem se gosta. Ou uma pequena boa noticia boba. Ou alguma encomenda que chega. Ou uma carta com aquela letra arredondada escrita a mão. Ou apenas dois nomes em um calendário qualquer. Ou o barulho da chuva antes de dormir. Ou caminhar sentindo o vento frio no rosto em um dia comum. Ou qualquer outra coisa que seja agradável.

São essas pequenas coisas que alegram, que marcam, que nos arrancam sorrisos e suspiros. Muitos não compreendem, fazem pouco caso ou simplesmente um comentário desagradável. Como se fosse impossível ser feliz com algo tão simples.

Não compreendem, talvez por nem tentarem. Mas tudo bem, afinal, eu estou feliz, e não me importa o tamanho do motivo, mas sim a conseqüência.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Satisfazer o insatisfeito

Eu estou triste, mas isso não importa. O que importa é o que você sente, porque se você não está bem eu continuo triste, mas também com dor de cabeça. E você tem um humor tão instável que simplesmente não dá para ter exata certeza de como lidar. Mesmo com alguns anos de experiência, simplesmente não dá.

Porque mesmo quando tudo caminha da forma certa, algo incomoda. Pode nem estar visível, mas é encontrado em uma busca minuciosa. Porque sempre há algo para se encontrar. Coisas tão insignificantes que viram meteoros capazes de destruir a Terra.

As vezes eu canso, mas me cansar é inútil, porque nunca muda. Eu até quero, mas simplesmente não vejo como. Então eu desisto, porque uma coisa eu certamente aprendi: É impossível satisfazer o eterno insatisfeito.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

#Day 1 — Your Best Friend

Foram tantas vezes que eu tentei escrever essa carta, e simplesmente nunca deu certo. Eu sempre acabava apagando e desistindo. Exceto talvez a vez que eu perdi o arquivo em um acidente no computador. O que chega a ser irônico, já que para a maioria essa carta deve ser a mais fácil. No minimo, é essa a impressão que tenho..

Talvez porque essa carta simplesmente não tenha um remetente especifico. Apesar de sempre estar rodeado de excelentes amigos, eu nunca tive um melhor amigo. Melhor amigo no sentido que a palavra faz para mim, obviamente.

Na minha definição simples, melhor amigo é aquela pessoa que você confia tudo. Que você sente falta sempre que está longe. Que é tão intimo que parece ter nascido ao seu lado, e isso faz todo o sentido do mundo. Melhor amigo para mim é aquela pessoa que você pode falar tudo, sem medo nenhum, mas que você não precisa dizer nada, porque tudo já está claro apenas pelo olhar.

Melhor amigo é aquela pessoa que te coloca em primeiro lugar sempre, e você faz o mesmo com ele sem nem pensar. Melhor amigo é aquele que não precisa ligar para aparecer, e não precisa nem que você esteja em casa para aparecer, porque a sua casa é a casa dele também. Melhor amigo é aquele que se sacrifica por você, e que você faz o mesmo por ele.

Melhores amigos não tem prazo de duração, ou tempo para começar. Pode acontecer depois de meses, ou apenas alguns segundos. Contudo, eu tenho a sensação de que está cada vez mais difícil conseguir um. Como se cada vez as pessoas se envolvessem, ou só o fizessem quando houvesse muito interesse.

Quando eu paro para pensar na minha vida, percebo que tive inúmeros candidatos a melhores amigos, de verdade. Pessoas que eu gostava a tal ponto, e confiava bastante, e até parecia ser recíproco, mas que nunca deu tempo de se firmar realmente.

Eu sempre fui muito fechado em relação as pessoas. Não confio nos outros facilmente. Como se eu tivesse que manter uma distancia segura. Não sou de desabafos. Não me abro com qualquer um. Falar dos meus problemas com alguém é muito difícil. Apesar de eu ouvir e tentar ajudar com muita facilidade. Então eu penso que talvez todo esse receio possa ser o problema, ou não, porque é exatamente ele que me faz acreditar que minhas relações são mais fortes, algo emocionalmente racional.

Só sei que, sinceramente, as vezes eu sinto falta de um melhor amigo. Eu vejo o mundo se fechando em duplas e eu sinto falta disso. Sinto falta de alguém que olhe muito por mim. Alguém que seja totalmente meu cúmplice e que eu possa ser também. Alguém que me entenda. Alguém que não julgue. Alguém que me faça sentir bem só de estar presente. Algo que esteja acima das palavras, e que tudo isso seja sentido.

E eu não falo de uma relação de namoro ou casamento, porque eu acredito que melhores amigos estão acima disso. Eu falo de alguém que seja como um irmão que meus pais não me deram, mas que fosse escolhido pelo coração.

Enfim, quem sabe algum dia essa carta seja para você.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Algo novo para o ano novo

Desde 2007 que existe uma onda pessimista a minha volta em relação a novos anos, como se a cada virada um ano fosse terrivelmente pior do que o outro. Algo tão absurdo que me fazia esquecer o que de bom aconteceu, e me deixasse apenas a memória ruim e que sim, ele havia conseguido ser pior que seu precedente.

O pior é realmente conseguir contabilizar uma sucessão de acontecimentos desagradáveis, mas que qualquer pensamento mais racional teria encontrado o equilíbrio com o que houve de bom. Bastava apenas lembrar disso.

Fato é que na virada desse ano deixei várias daquelas antigas pequenas tradições que ninguém leva a sério, mas acredita minimamente, de lado e simplesmente não as fiz.

Não pulei as ondas, até por uma questão de higiene, estou em São Paulo  e a Represa de Guarapiranga não me inspira muita confiança. Não comi as uvas, e romãs e lentilhas que as tias sempre oferecem. Não sai na rua para abaixar as calças e mostrar a bunda pra lua. Não usei cueca nova e de alguma cor especifica (mas estava limpa, ok?). E nem fiz muitas das outras recomendações (e brincadeiras - sérias) que pessoas das mais variadas religiões ensinam a fazer.

Simplesmente porque achei ser muito estranho querer um ano diferente e começar fazendo justamente as mesmas coisas. Fato é que, independente de tudo, me senti bem. Senti uma certa e reconfortante confiança. E pode ser tudo balela e tudo se manter igual ou pior, mas pode melhorar, e a graça é essa incerteza.

E bom, feliz 2011.