terça-feira, dezembro 07, 2010

Lost and sad

Não é que eu esteja cansado, porque eu realmente estou. Não é porque eu simplesmente não tenho nenhuma expectativa, porque realmente eu não tenho. Não é pela total incerteza e ausência de metas, porque elas existem. É simplesmente porque eu não sei mais.

Não sei o que me acontece. Não sei o que fazer. Não sei pra que fazer. Parece que minha vida estagnou desde o dia que eu não sei, e que eu simplesmente esqueci o que é sentir esperança. Parece que eu nunca tive nenhuma expectativa, porque a sensação é tão distante, tão aleatória que parece mais um sonho.

O pior é achar que tudo é muito simples, e que eu deveria começar a viver a minha vida. Só que, não sei como fazer. Eu estou sufocado, eu perdi o interesse, perdi a motivação, apesar de que a última nunca foi grande de qualquer forma.

Pode parecer egoísmo, mas eu queria por um tempo viver apenas os meus problemas, porque parece que eu cheguei a um ponto que não me importo mais. Ou me importo, mas tão aleatoriamente que é indiferente.

Adoro as festas, mas odeio fim de ano. Sempre me sinto algo estranho e inútil. Só não vou mais torcer para que 2011 seja melhor do que 2010, porque nos últimos 3 anos eu fiz isso e não ganhei nada além de frustração.

3 comentários:

Fla! disse...

Ah querido! Se pudesse te abraçava e pegava pra mim tudo isso. Mas não posso e no fim das contas acho que você não quer nem, nem outro.

Pode ser porque eu ando assim, mas tenho a sensação de que você só quer ficar quieto e que isso passe logo, que a esperança volte. Eu, certamente quero. A minha e a a sua. Vida sem esperança é muito sem vida.

Sinta-se querido lindo. Lindo post.

Beijos

Fla! disse...

Nas palavras do poeta Mario Quintana:

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
("Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.)

Querido,

O Rhi, lendo este seu post lembrou deste poema, e comento aqui em nome dele.
beijos

Júlia disse...

ai shade, eu sou ruim de conselho, mas eu te amo.