terça-feira, agosto 23, 2011

Não há resposta quando não há pergunta

Eu sou uma pessoa naturalmente curiosa. Eu pergunto tudo sobre a vida das pessoas que eu gosto quando recebo o minimo de abertura. Por vezes tento me controlar por achar que estou invadindo demais a privacidade alheia, e chego a avisar que podem me mandar calar a boca, ou fico perguntando se estou exagerando. Até hoje, por sorte, sou feliz e encontrei apenas pessoas educadas que dizem que não, eu não costumo exagerar.

Me sinto com essa liberdade, porque eu parto de um principio de que as pessoas podem me perguntar qualquer coisa, o problema ficará apenas se eu vou ou não responder. Perguntas dificilmente me ofendem, e dificilmente eu a deixo sem resposta quando é sobre mim.

A grande questão é que as vezes eu me encontro em situações onde existe a curiosidade, existe a vontade, mas eu simplesmente me calo, a pergunta nunca acontece e eu fico sem saber. Não por achar invasivo, mas por ter medo da resposta, por ter medo de não aguentar.

São perguntas que eu imagino a resposta que vou escutar, e simplesmente me dou o direito de não ouvir, não naquele momento. Eu acredito que isso seja um ato um tanto quanto fraco em mim,.mas algumas dessas confirmações seriam realmente o tipo de coisa que eu não precisaria nessas horas.

A parte irônica é que por vezes esse silêncio é justamente a resposta que eu precisava para as perguntas que eu fazia a mim mesmo. Perguntas essas que ou eu não sabia, ou não tinha certeza da resposta. Aquela estranha confirmação silenciosa, quando você se dá conta de algo obvio, ou não tão obvio.

Não é exatamente o tipo de coisa que facilita a vida. Definitivamente não é, mas também não é nada que impeça de seguir adiante. Afinal tudo passa, e essa foi a primeira grande lição da vida que eu aprendi e nunca mais esqueci.

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