segunda-feira, novembro 26, 2007

Problemas com números

Definitivamente não sou o fã número 1 da matemática. Eu realmente compreendo sua utilidade, acho ela importante, básica e necessária. Difícil? Com certeza não é das mais fáceis, apesar de ter certa lógica. Eu respeito e aplaudo quem a domina. Contudo, não é exatamente dela como matéria ou meio de vida que vim falar aqui.

O problema que me falei no título é justamente com números. Alguns dos números mais presentes na nossa vida, a idade. No que a idade me incomoda? Em nada, absolutamente nada. O que eu não compreendo são as limitações que a sociedade impõe as pessoas relacionadas a ela.

Novamente, não é exatamente sobre a menor idade que venho aqui falar. Até porque admito que algumas delas, mesmo que "sem lógica" e ultrapassadas, são de certo, necessárias. Algumas limitações para menores ainda parecem ser corretas. Mas como já disse, não são essas relacionadas a leis que estou falando.

Aqui vou falar em relação ao "senso comum", às vezes bom, às vezes injusto (como é o caso aqui na minha opinião).

Parece que aos olhos da maioria, você passando de uma certa idade, deveria ser proibido de (ainda) gostar de coisas que você gostava quando mais novo. Como se um simples número, número de anos, meses e dias que você já viveu definem o que você deveria gostar em determinada época. De certo, gostos mudam. Você sempre pode deixar de gostar de alguma coisa, e começar a gostar de outras novas. É normal.

Contudo, o fato de se chegar a certa idade não deveria obrigar-lhe a deixar de gostar das mesmas coisas. Deveria sim acrescentar mais do que retirar. Afinal, quantas vezes já ouvi frases/perguntas do gênero: "Você ainda assiste desenhos?"; "Você gosta de Harry Potter?"; "Você ainda ouve essa banda?" e etc...

Como se o fato de o tempo ter passado, eu não devesse gostar mais. As pessoas parecem esquecer que muitos dos desenhos (principalmente animes e animações 3D atuais) não são mais feitos totalmente para crianças. Mas se fossem, qual o problema? Nunca fui menos inteligente, ou menos responsável por gostar de animes, ler Harry Potter ou ver outros programas que alguns (maioria de mente limitada) consideram "infantis".

É compreensível que alguns deixem de gostar dessas coisas na adolescência, mais para se afirmar (e aos outros) como uma pessoa que está crescendo e que não é mais criança. Isso volto a dizer, é compreensível. Apesar de que eu realmente acredito que a maioria (maioria diferente de todos) continua gostando de várias coisas, mas de uma forma velada, sem espalhar, às vezes até por medo da reação alheia.

Já queria escrever sobre esse tema fazia tempo, e realmente me espanta como as pessoas gostam de julgar as outras, mas odeiam ser julgadas. Acredito muito que cada um gosta do que gosta e problema.

Idade não deveria definir tanto da personalidade, e sim o espírito da pessoa e aquilo que ela acredita que vá deixá-la bem consigo mesma.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Harry Potter - A Eterna Espera

Alguns meses atrás, parte do mundo parou, estava sendo finalmente lançado o sétimo e último livro de um dos mais famosos personagens dos últimos anos. Porém, ainda apenas em inglês. Alguns fãs muito ansiosos, sempre compram essa versão, antes mesmo da traduzida. Contudo, outros como eu, preferem (não totalmente por opção minha) esperar a tal versão traduzida. Então ela finalmente chega ao nosso alcance, dia 10 de novembro de 2007 é oficialmente no Brasil lançado o livro Harry Potter e as Reliquias da Morte.

Porém, não é exatamente do conteudo do livro que vim falar aqui, até porque muitos lugares já o comentam. E sim, vim falar do processo de compra desse livro, e do quanto eu realmente vou pensar duas vezes agora em fazer a compra em uma "pré-venda". Não que não valha a pena, mas sim pelo fato de que, é dificil aguentar.

O livro como já disse seria lançado dia 10 de novembro. E assim, dia 23 de outubro eu comprei via internet, fiz a minha pré-reserva. Momento de grande felicidade, em poucos dias eu teria o livro nas mãos. Já que estava no site, tive a brilhante idéia de comprar também o dvd Harry Potter e a Ordem da Fênix (5º filme para os perdidos); contudo, esse só seria lançado oficialmente dia 14 de novembro.

Para quem não sabe, quando você compra produtos em um site (no meu caso a Saraiva), com datas diferentes de lançamento, você receberá todos, juntos, no dia do lançamento do último. Ou seja, eu receberia livro e dvd dia 14 de novembro. Prolongando ainda mais minha ansiedade.

A compra feita, só restava esperar. O grande problema, esperar. E tentar ao máximo nesse meio tempo fugir de spoilers (informações sobre qualquer história que a maioria ainda não tem acesso), que surgiam como gotas de chuva na internet. Bravamente resisti, tomando alguns cuidados clássicos, como evitando entrar em sites e comunidades do orkut onde poderia acabar lendo algo que não gostaria (não antes de ler no próprio livro).

Passados alguns dias, o dia 10 chegou. Era um sábado. Dia esse em que eu estava no Shopping. Dia esse, que eu entrei nessa mesma Saraiva. Dia esse que vi vários livros a minha disposição, mas o meu já estava comprado, reservado e pago. Agora outra tentação deveria ser resistida. Pegar algum exemplar na loja e folhear como quem não quer nada. Novamente objetivo alcançado. Sai da loja sem nem ao menos tocar na capa.

O dia 13 chegou, um dia antes, ansiedade era a unica palavra que definia minha situação. E para minha surpresa, ao chegar em casa, encontro as caixas, livro, dvd e seus respectivos brindes de pré-venda (alguma recompensa pelo sofrimento). Finalmente o livro em minhas mãos, algumas folheadas, agora era meu, agora eu podia.

Contudo, dia 14 de manha eu ia viajar, São Paulo, uma otima cidade. Ainda tinha que arrumar malas, e deixar tudo pronto para o feriado. Nada pendente, ou seja, nada de ler o livro. Decidi não leva-lo na viagem. Apesar da ansiedade, tinha certeza que acabaria lendo a viagem inteira e não fazendo mais nada.

Terminada a viagem (ontem), tenho a chance de ler. Agora o que parece ter me impedido, foi aquela sensação de que acordei. Esse é o último livro (ou no minimo é para ser); definitivo, depois disso, acabou. E um certo medo invadiu, nada que vá me impedir de ler o quanto antes, mas certamente algo que me fez pensar que se algo que sempre imaginei pode não terminar como pensei. Só tem um jeito de descobrir, e apesar de querer ler, eu também não quero que acabe.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Extinguindo Palavras...Parte II

Eis aqui uma simulação, servindo de continuação para o texto anterior sobre palavras e termos que estão para sofrer extinção.

Antes de mais nada, por que no cineme e filmes em geral as pessoas são mais educadas? Isso pode ser explicado, como algo simples para gerar um diálogo.

Exemplo 1 - Filme:

Uma mulher chega as pressas ao Supermercado para comprar algo para ser filho almoçar. Pega rapidamente um dos produtos congelados e se dirige ao caixa mais próximo.

Mulher - Bom dia.

Caixa - Bom dia senhora.

A moça do caixa, uma menina que não aparentava ter mais do que 25 anos, separava uma sacola para o único produto que aquela mulher comprava.

Mulher - Estou comprando o almoço do meu filho, tenho que trabalhar e não tive tempo de fazer nada para ele almoçar.

Caixa - É senhora, os dias de hoje estão dificéis, ninguém tem mais tempo para nada, é só trabalhar, e se não trabalha, não come.

Mulher - E eu é que sei.

Caixa - É só isso senhora? Então ficou em R$8,64.

Mulher - Nossa, eu só tenho uma nota de R$50.

Caixa - Tudo bem, eu tenho troco.

Mulher - Você por um acaso poderia me arranjar outra sacola por favor? Eu não confio muito nessas sacolas de supermercado, são muito frágeis.

Caixa - Ah, mas isso é verdade, a senhora tem razão, decuido meu não ter colocado logo em duas.

Mulher - Tudo bem, é normal, obrigada. - A mulher agradece enquanto guarda a compra em uma nova sacola e sai andando.

Fim


Exemplo 2 - Vida Real:

Uma mulher chega as pressas ao Supermercado para comprar algo para ser filho almoçar. Pega rapidamente um dos produtos congelados e se dirige ao caixa mais próximo, jogando a compra de qualquer jeito na esteira.

A moça do caixa, uma menina que não aparentava ter mais do que 25 anos, passava o produto na máquina e já estava o guardando na sacola quando anuncia.

Caixa - São R$8,64.

A mulher entrega uma nota de R$50 reais.

Caixa - Posso ficar te devendo um centavos?

Mulher - E tem outro jeito?

A mulher pega a sacola de qualquer jeito, sai andando com cara de bunda e essa mesma sacola rasga na portaria de seu prédio, deixando o produto cair no chão.

Fim

Uma cena que em uma filme duraria mais tempo, na vida real seria digamos, mais rápida. Porém o final seria mais divertido (como espectador)...mas uma coisa é certa...

Como seria interessante se a vida fosse ao menos um pouco parecida com um filme.

sábado, novembro 03, 2007

Extinguindo Palavras...Parte I

Sabe-se que a evolução existe basicamente para facilitar nossas vidas, e nos permitir ter mais tempo. Já que precisamos de tempo para evoluir mais. Cortar processos que poderiam atrapalhar, e/ou retardar a evolução. Com o papel de facilitador, a linguagem também vai evoluindo, palavras são inseridas, outras reduzidas, abreviadas, e excluidas por não terem mais serventia cotidiana, sendo apenas um interessante fato histórico.

Uma das palavras que mais pode demonstrar esse processo é o atual você (vc na internet); essa palavra tem como origem a expressão Vossa Mercê¹, que passou a ser Vossemecê, depois o famoso Vosmecê e por último o atual (por enquanto) você. Assim como essa, outras palavras ou evoluiram, ou desapareceram. Evoluir é algo normal e esperado, tanto em objetos quanto em palavras, afinal, quase ninguém mais acharia necessário a utilização de um gramofone², a não ser que ele tenha entrada USB ou seja Bluetooth.

Contudo, os dois primeiros parágrafos não passaram apenas de curiosidade, já que, o que realmente me chamou atenção são palavras e expressões que não tem necessidade, mas parecem estar entrando em extinção: Por favor, Obrigado e Desculpe. Isso já acreditando que expressões como Bom dia e suas variantes seriam muito mais difíceis de serem salvas desse processo.

Certo dia estava em um restaurante jantando e em um periodo menor que dois minutos, uma senhora que se encontrava na mesa ao lado teve a oportunidade de utilizar esses três termos que citei com um dos garçons. Contudo, ela deve ter esquecido, claro, tamanha falta do hábito de falar ou mesmo ouvir dos outros.

Essa senhora fez seu pedido, até poderia pensar que seu humor estava alterado, se ela não estivesse feliz rindo para aquele que parecia ser seu marido. Mas tudo bem, ela apenas esqueceu de pedir por favor. O garçom alguns minutos depois chega com o pedido e os serve normalmente. Ele está para ir embora, a senhora vira desajeitadamente para fazer não sei o que, e acaba acertando com o cotovelo na barriga do garçom.

Ela já não havia pedido por favor, agradecer o fato dele ter servido o pedido nem pensar, mas no minimo eu acreditava que ela iria se desculpar. Ledo engano, ela vira para a direção do marido, ignorando complemente o garçom que ela acabou de bater e ressalta como ela é desajeitada, como tivesse acertado um poste em vez de uma pessoa.

Sim, infelizemente somos obrigados a ver esse tipo de cena. Entretanto eu ainda acredito que esses termos não seram extintos, e que um dia eles reinaram livros e soltos nas grandes cidades. Afinal eles não custam nada, nem um segundo de palavra. E incrivelmente, quando utilizado tende a mudar muita coisa, desde a recepção de como você será tratado, até quem sabe, ajudar a conhecer pessoas que nunca julgaria que pudesse conversar.

Preparei uma similução de diálogos, que deixarei para a próxima postagem.

Obs:

¹ - Vossa Mercê - Li em alguns lugares que na verdade se originou de Vossa Mercedes, mas nenhum deles tinha credibilidade o suficiente para ser citado, então fico com o Vossa Mercê como origem.

² - Gramofone - Descrição Wikipedia

quarta-feira, outubro 31, 2007

Um começo e suas dificuldades...

Bom, primeiramente, aqui começo mais um Blog. Como já havia dito anteriormente para alguns amigos, um Blog com um formato diferente dos que já possui. Algo menos "diário virtual" e mais um canto para expressar opiniões a respeito de...tudo. Sim, simplesmente qualquer devaneio que venha a minha mente no momento em que eu sentir vontade de postar.

Deveria ter me apresentado antes? Ora, meu nome, Bruno Melo. É vamos simplificar, essa história de nome todo nunca é realmente bom. A principio estarei sozinho a frente desse blog, que não sei quanto tempo irá durar, e nem de sua periodicidade, mas isso não é exatamente assunto para primeira postagem.

Como já falei anteriormente, aqui tratarei um pouco de tudo. Ou no minimo, de tudo que eu goste e/ou ache interessante. Então basicamente posso ter certeza que haverão posts sobre cinema, música, curiosidades, internet, tecnologia. Além de pensamentos e teorias minhas sobre diversos assuntos. Contudo, isso são apenas planos. E planos tanto podem ser seguidos, como podem ser mudados. Afinal, tudo vive em constante mutação.

Já apresentado, eu falei no titulo sobre dificuldades. Usei erroneamente o plural. Já que criar o Blog não é dificil. Aliás, é até mais fácil do que as pessoas realmente parecem acreditar. A grande dificuldade, e sempre ela, seja para qualquer criação na web, desde e-mail, blogs, fotologs, flickrs e qualquer site que necessite de cadastro, é o nome.

Sempre o nome, pensar em algo que chegue perto do que você quer, um nome que expresse exatamente o que você deseja passar para as pessoas que vão acessar seu site, tentar criar um nome diferente, inovador, completo, e ao mesmo tempo simples o suficiente para ser entendido, e pequeno o suficiente para caber na url.

E assim, depois de horas (as vezes dias) pensando, a sensação de missão cumprida é grande. Chega a hora de fazer o cadastro, e aquele seu nome, tanto pensado, tanto planejado, já foi escolhido por outra pessoa. E não satisfeito com essa frustração, o site onde você gostaria de se cadastrar, lhe apresenta opções (desconsideráveis, com numeros, datas ou seu nome junto ao título) de como você poderia utilizar aquele seu nome escolhido, mudando apenas um pouco do formato. Frustrado só lhe resta partir para busca de outro nome, dessa vez torcendo para servir.

Incrivelmente, dessa vez não tive esse problema, apesar de ter realmente demorado para chegar a um nome (e ainda não o achar perfeito), eu consegui de primeira. E depois de algunas consultas (Agradecendo Mille e a Sinistra), ficou esse nome.

Basicamente pensei nele porque, dentre os vários lugares existentes, estar sentado sob a sombra de uma árvore é quase sempre inspirador. A calma normalmente trazida pelo local, serve para reflexões, pensamentos e desenvolvimento de idéias. O que, eu pretendo que seja esse blog para mim. Um local onde posso pensar e escrever.