segunda-feira, janeiro 03, 2011

Algo novo para o ano novo

Desde 2007 que existe uma onda pessimista a minha volta em relação a novos anos, como se a cada virada um ano fosse terrivelmente pior do que o outro. Algo tão absurdo que me fazia esquecer o que de bom aconteceu, e me deixasse apenas a memória ruim e que sim, ele havia conseguido ser pior que seu precedente.

O pior é realmente conseguir contabilizar uma sucessão de acontecimentos desagradáveis, mas que qualquer pensamento mais racional teria encontrado o equilíbrio com o que houve de bom. Bastava apenas lembrar disso.

Fato é que na virada desse ano deixei várias daquelas antigas pequenas tradições que ninguém leva a sério, mas acredita minimamente, de lado e simplesmente não as fiz.

Não pulei as ondas, até por uma questão de higiene, estou em São Paulo  e a Represa de Guarapiranga não me inspira muita confiança. Não comi as uvas, e romãs e lentilhas que as tias sempre oferecem. Não sai na rua para abaixar as calças e mostrar a bunda pra lua. Não usei cueca nova e de alguma cor especifica (mas estava limpa, ok?). E nem fiz muitas das outras recomendações (e brincadeiras - sérias) que pessoas das mais variadas religiões ensinam a fazer.

Simplesmente porque achei ser muito estranho querer um ano diferente e começar fazendo justamente as mesmas coisas. Fato é que, independente de tudo, me senti bem. Senti uma certa e reconfortante confiança. E pode ser tudo balela e tudo se manter igual ou pior, mas pode melhorar, e a graça é essa incerteza.

E bom, feliz 2011.