quarta-feira, junho 29, 2011

Like a brother or sister

Um fato estranho é um filho único que nunca em sua vida pensou em ter irmão. A unica vez que eu tive algo próximo de vontade, foi quando era mais novo, e queria ter um irmão mais velho assim como meus amigos. Problema é que, depois que eu nasci as chances de um irmão mais velho eram quase nulas.

Então me acostumei a ser apenas eu. Nunca vi graça em irmãos mais novos. Sempre tive a vocação de ser cuidado por alguém, e não o contrário.

A graça e minha segurança é que talvez você nunca leia isso, porque eu dificilmente vou te mostrar que eu tenho um blog e escrevo aleatoriedades nele, ou se ler, você nem perceba. Por isso posso dizer que você despertou em mim esse sentimento, essa curiosidade de querer saber como seria ter um irmão mais novo. Como eu deveria me comportar como irmão mais velho, e todo aquele clichê bonito de cumplicidade e um protegendo o outro. Claro, que tudo baseado na grande ilusão da família perfeita e unida. Ignorando a diversidade de historias de irmãos que escuto e conheço que mal se falam.

Eu realmente criei contigo esse laço, mas isso jamais mudou minha visão de ser filho único. Eu ainda não ia querer ter um irmão mais novo, porque no meu imaginário, ele teria que ser como você. Ter irmãos ainda é uma loteria, você não escolhe o que vai chegar, ou se vão se dar bem, se vai existir essa vontade de proteger do mundo. E eu não iria querer arriscar, afinal, aqueles que me seriam bons irmãos, já nasceram faz tempo, inclusive você.

terça-feira, junho 28, 2011

world strange world

Eu acho engraçado como as pessoas criam certa coragem dentro de seus quartos escuros e sozinhas. Como se com a luz apagada, uma imagem ocultada por um nome aleatório, e algumas paredes fossem suficientes para dar segurança aqueles que não conseguem se expressar pessoalmente.

Abaixando a cabeça, ou engolindo sua opinião em público, mas soltando-a como toda a voracidade quando estão seguros dos olhares reprovadores. Uma falsa ilusão de que ninguém saberá o que foi dito ou feito. Então, a pessoa pode ser ela mesma, mostrando aquilo que até ele mesmo reprovaria se fosse um mero espectador de sua própria cena. Engraçado e irônico.

Eu continuo não me importando com o que as pessoas fazem, mas acho graça quando elas acusam apenas as outras dos problemas do mundo. No fim, existem muitos Hitler por ai, o que lhes falta é oportunidade de aparecer, ou a verdadeira coragem de mostrar ao mundo quem realmente são.

Só peço, por favor, não usem o nome dele em sua causa. Pois se eu que não sou um ser perfeito, jamais aprovaria um filho fazendo algo desumano, e pior, justificando ser por minha causa, imagine ele.

Aceita um copo de coca?

Havia risos e nostalgia. Era como sempre foi, mas que raramente era. Havia pizza e coca zero. Havia histórias repetidas e mais risadas. Por um momento foi esquecido todos os furos, as ligações não retornadas, os sumiços repentinos e os xingamentos mentais sobre a falta de consideração. Tudo abafado pelo barulho ensurdecedor da felicidade. E que os vizinhos me odeiem.

Poderiam acontecer mais vezes, mas talvez não tivesse o mesmo impacto. Então vieram as costumeiras reclamações de sono, e um já vou que nunca chega, acompanhados de mais risadas e mais histórias, algumas repetidas, algumas novas. E tudo parecia como sempre, apesar de ainda faltar gente. É feliz, provavelmente haverão mais dores de cabeça até esse cometa passar novamente, mas não adianta, quando passa é sempre bom.

domingo, junho 19, 2011

you will have remember

Eu simplesmente não sei dizer. Acho que 26 letras ainda não se fazem suficientes. O filme ainda é o mesmo. Aliás Watchmen tem o plot genial e a história cansativa. Tudo é sempre igual. A diferença é que a minha reação muda. Eu ainda fico irritado comigo por não pensar em mim, mesmo quando eu sou o único prejudicado e fico puto por isso, eu me culpo. Mas um dia vão me perguntar se eu estou bem, e eu irei dizer que sim.

Estou cansado do egoismo alheio. Só tenho que aprender agora a não me sentir culpado quando eu não me importar. Mas nem tudo está perdido, minha vontade de ficar em silêncio mostra que eu ainda sinto algo. Só por favor, não cobre algo que você não oferece, e não ligue se eu não cobrar. Eu nunca cobro mesmo.