quarta-feira, dezembro 28, 2011

Charlie St Cloud

Terminei de ler A Vida e Morte de Charlie St Cloud hoje. É engraçado pensar que nunca um livro me prendeu tanto quanto esse. Nunca uma leitura demorou praticamente dois dias. Até porque eu comecei a ler no cemitério, mas muito rapidamente, um pouco mais de cinquenta páginas. E voltei a ler apenas hoje, onde terminei tudo o que faltava sem conseguir largar o livro até a última página.

Não é exatamente o gênero de história que eu gosto, apesar de gostar de drama e ter muitos elementos que me agradam. Aliás, logo nas primeiras páginas eu percebi que era um livro que eu facilmente largaria pela temática, mas justamente esses outros elementos que me agradavam conseguiram me prender. Então, como bom empolgado, farei aqui todo possível para não dar nenhum spoiler.

Grande parte da história mexe com vida e morte e tudo mais. O autor age de uma forma um tanto quanto afirmativa, e isso me incomoda um pouco, mesmo que tenha sido tratado de forma sutil. A narrativa por vezes é cansativa, mas prende. E toda a história tem uma atmosfera melancólica, mas bonita de certa forma, algo que colaborou para me agradar.

Outra coisa que achei interessante foi o laço criado entre os personagens, no caso os irmãos. E aqui volto aquela minha antiga máxima da visão de um filho único sobre as relações entre irmãos, e como eu imagino que a minha seria caso eu tivesse um.

Como em todas as histórias que eu gosto, me identifiquei com alguns personagens. Durante todo o tempo da leitura eu me identificava com o Sam St Cloud. Mas depois refletindo sobre tudo o que li, em algumas poucas horas, percebi que eu via muito de mim tanto no Sam, quanto no Charlie St Cloud. Eu me via facilmente nas duas posições. Apesar de ainda me achar muito Sam.

A relação deles foi o que mais me prendeu em toda a leitura. Porque eu me vejo facilmente numa relação desse tipo, mas sozinho. E no fim, o maior medo deles era de ficarem sozinhos. De ficarem um sem o outro. Então eu me sentia dentro daquilo que eles temiam, e entendia porque eles não queriam sair daquela zona de conforto. Mas ao mesmo tempo é algo que eu nunca tive, então eu não sabia se entendia tanto assim. Eu apenas sentia.

Posso dizer facilmente que esse foi um livro que eu gostei muito, poderia até colocar entre os meus favoritos, mas a temática em si e algumas escolhas de alguns personagens me impedem. Obviamente, não é um livro perfeito, e isso só torna ele ainda melhor. É bom olhar para algo e dizer que eu faria diferente em várias situações, mas que isso não me impediu em nenhum momento de gostar.

Também achei uma leitura bem propicia para meu momento, assim, em diversos níveis. Agora estou querendo muito ver o filme, apesar de já saber que a história muda bastante, e com isso ter noção de que eu posso me irritar um pouco, mas continuar gostando como a maioria das adaptações. Então, depois de ver o filme eu posso falar minhas impressões sobre ele.

Fatalmente eu tenho essa mania de colocar muita coisa pessoal quando opino sobre livros e filmes e etc, mas isso não é uma resenha, é apenas eu sentindo necessidade de escrever sobre algo que eu acabei de ler e certamente me marcou de alguma forma.

domingo, dezembro 25, 2011

Um filme parecido demais

O mundo é irônico, visto meu último post aqui.

Faz praticamente nove anos que eu vi um filme parecido, e nem tiveram a decência de mudar o final. O mesmo sol escaldante, no mesmo hospital, e segundo meu primo, no mesmo box. Uma festa de final de ano morna, onde existiam lapsos de felicidade até lembrar que havia algo errado.

A mesma certeza de que a duvida é uma tortura maior do que qualquer resposta. A mesma esperança de uma pequena chance. Há nove anos o movimento de um simples dedo mindinho, hoje de olhos rapidamente abertos. E então uma rápida respiração aliviada, indevida, até o telefone tocar. A gente nunca aprende. Aliás, a gente prefere não aprender.

Nove anos e hoje será o mesmo jardim, os mesmos girassóis, as mesmas conversas durante a mesma madrugada quente. A grande diferença é que não vai ter alguém para contar as mesmas piadas. Daquelas que você escuta por anos e anos e ainda consegue rir, porque sempre existe alguém que ainda não escutou e acha graça, e assim acaba contagiando em qualquer situação.

Estou com um ar meio capítulo trinta e um de um último livro. Agora, apesar de tudo, eu ainda consigo lembrar as partes boas desse Natal, porque elas existiram, mas com o tempo o dia de hoje será lembrado apenas como uma data triste.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Foverer Tonks

Existem muitos personagens de Harry Potter que eu gosto, amo e vivo e acompanho e escrevo sobre, mas existe uma que tem toda minha simpatia, todo meu amor e admiração, apesar de eu nunca tê-la nem citado em uma fic: Nymphadora Tonks, porque apesar de tudo, eu nunca vou conseguir chamá-la de Lupin.

Ela era a menina alegre e divertida em meio ao caos e toda a guerra. Ela tinha seus cabelos coloridos e sorrisos durante as batalhas. Ela tinha esse espirito livre e fofo em tempo integral. Ela tinha muitas qualidades que eu admiro em uma pessoa.

Ela era casada com Remus Lupin. Um homem agradável e prestativo, até simpático na maioria das vezes. Ele tinha aquele aspecto triste, de quem tem medo de viver ou medo de como os outros vão enxergá-lo, sempre escondido atrás dos amigos que se destacavam mais. Mas também ele escondia dentro de si um monstro. Ele escondia dentro de si a pior coisa que um ser humano pode ter: O descontrole. Mas parecia ser exatamente ela tudo o que ele precisava quando isso acontecia. Ela era sua calma e seu chão, mas ela também era humana.

Então, infelizmente no fim ela morreu. Ele também acabou morrendo ao seu lado, mas sua morte foi bem menos sentida por mim, admito. Afinal eu simpatizava com ele, mas eu gostava muito dela, de verdade. Mesmo que ela aparecesse pouco, e ela não era realmente uma frequente, as vezes que aparecia faziam toda a diferença.

Posso me arriscar a dizer que a morte dela para mim foi uma das mais tristes de toda a série, mas é bom para a gente entender que esse tipo de coisa acontece, e que nada é para sempre. Se eu acreditasse em flores, coloraria uma flor para homenageá-la, mas prefiro ficar apenas com as boas lembranças e imaginar tudo o que ela poderia ter sido. Afinal, agora só resta mesmo imaginar. Goodbye, my immortal girl.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Observações obvias ou nem tanto.

- Preciso de férias.

- Você tem um jeito estranho de gostar e isso ainda me deixa inseguro.

- Ainda me sinto diferente.

- Por que as pessoas não se divertem?

- Ainda torço por um 2012 com fim, mas não precisa ser pra todo mundo.

- Comprovei que há males que vem para o melhor.

- Eu realmente sou um Emotional Wolverine, mas não estou tão orgulhoso disso.

- Eu ainda sou a Tomoyo, e isso ainda me orgulha e possivelmente me mata.

- Espero que esse não seja o último post do ano no blog.

- Eu ainda sou muito inseguro.

- Fiquei feliz que várias pessoas reclamaram que eu não desabafo com elas. (Super me senti)

- Existe muita gente fofa no mundo.

- Ganhei uma coruja.

- Eu sou um golfinho.

- Eu amo orcas (isso eu já sabia)

- Não terminei o projeto de cartas que deveria durar trinta dias.

- Se tiver mais alguma coisa eu atualizo aqui...

domingo, dezembro 04, 2011

Todo o carnaval tem seu fim

Eu sempre gostei de Los Hermanos, independente de Anna Júlia, ou qualquer outra música mais pop que os tenha marcado, e deixa alguns fãs irritados. Eu não me irrito, gosto de muitas, quase todas eu poderia dizer. Los Hermanos reflete muito de como eu sou e penso desde muito tempo. Eles me acompanharam durante muitos anos, e eu os acompanhei de longe, mas sempre perto em shows e clipes e cds e músicas cantaroladas durante aulas e provas.

Tem aquelas pessoas que dizem que para os Los Hermanos não existe meio termo. Quem gosta ama e quem não gosta odeia. Vejo pelos meus amigos que essa máxima é verdadeira. Afinal, os que gostam sempre estavam comigo dançando e pulando nos shows, enquanto os que não gostavam xingavam até os cabelos cacheados do Camelo,  e ficavam indignados quando íamos a algum show ou colocávamos para tocar quando nos encontrávamos.

Desde o dia que eu comecei a ouvir reparei que as músicas sempre tinham um mesmo estilo, um mesmo tema sendo trabalhado de várias maneiras diferentes. Talvez por isso eu tenha me identificado tanto. Muitas das músicas deles falam sobre amor como qualquer banda, exceto que eles são muito ligados a amores não correspondidos, e de todas as maneiras possíveis. Desde o simples platonismo distante, até ver a pessoa que você ama estar se envolvendo com uma terceira e você não poder fazer nada.

Mas do mesmo jeito não existe uma real tristeza nas músicas, porque elas tratam esses sentimentos da forma mais bonita. De uma forma poética, falam de ficar sozinho e do sofrimento, mas eles captam toda a beleza e pureza da coisa. Em algumas até existe a superação.

Só que como tudo na vida, a banda também entrou em hiato. Eu senti bastante quando eles pararam, mesmo que os trabalhos solos também fossem fantásticos, senti principalmente porque não consegui ir ao último show, não consegui comprar o ingresso e isso me deixou muito frustrado.

Eu lembro que eles marcaram uma fase da minha vida, me deram todo esse apoio emocional e me ajudaram a lidar com coisas que eu sentia e não sabia definir. Só consigo realmente achar irônico que eles vão fazer uma turnê em abril do ano que vem, e vão passar pelo Rio de Janeiro e eu certamente irei. Mas eu fico com a sensação de que eles voltaram apenas para me ajudar de novo, nem que seja com apenas um show onde eu quero e vou cantar e pular e chorar e reviver tudo o que eu já vivi de bom e ruim com eles.

Sinto que eles voltaram para mim e eu vou estar lá por nós. Eu preciso disso.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Suportar enquanto viver...

A vida é muito estranha. Hoje era um dia bom. Ontem foi um dia legal, quarta-feira foi um dia perfeito. E hoje estava tudo bem. Ainda está na verdade, eu recebi boas noticias, eu descobri que vou entrar na pós-graduação ano que vem e tudo se encaminhava bem. Eu achava até que realmente estava mais tranquilo. Eu tinha planos de vir aqui e escrever coisas bonitas. Na verdade, eu estou mais tranquilo, mas apenas não deixou de doer.

Eu só queria que parasse de doer, então tudo ficaria plenamente bem. Odeio esse período de transição, mas ainda é uma escolha minha. Porque me manter na duvida só afeta a mim. Ter uma certeza afetaria pessoas que eu amo e me importo muito. Então eu realmente preciso aguentar conviver com a duvida.